Porto Velho, RO - A indústria brasileira de biodiesel está pronta para atender à demanda por uma mistura de 20% de biodiesel ao diesel fóssil (B20), de acordo com levantamento técnico realizado pela Abiove, Aprobio, Ubrabio e FPBio.
O estudo aponta que a capacidade atual de produção de 14,7 bilhões de litros, combinada com a ociosidade de 49%, garante a oferta necessária para o B20, com potencial para chegar a B25.
Em abril de 2023, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) elevou o teor de biodiesel no diesel de 10% (B10) para 12% (B12).
A partir de março de 2024, a mistura subirá para 14%, e em 2025, alcançará 15%.
A Frente Parlamentar Mista do Biodiesel projeta que a Câmara dos Deputados votará o projeto de lei 4.516/23, batizado de ‘Combustível do Futuro’, até o final deste mês. O texto cria um novo marco legal para o setor de biocombustíveis.
No ano passado, o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, defendeu que é preciso elevar a mistura de biodiesel em 20%.
“Vamos trabalhar para, no Combustível do Futuro, a gente ir para B20”, afirmou na ocasião. A minuta do projeto de lei inclui a elevação da mistura de etanol anidro na gasolina comum de 27% para 30%.
Capacidade
Atualmente, o parque industrial brasileiro tem 60 usinas, das quais 10 estão em processo de expansão e 8 em construção. A capacidade instalada atual já permite a produção de B20.
“Desde 2018, toda a cadeia investiu e se preparou para ampliar sua produção mirando os 15% de mistura já em 2022, o que acabou sendo frustrado por decisões do governo passado. Agora, temos uma oportunidade única para evoluirmos com segurança e previsibilidade, diante do compromisso da atual gestão com a transição energética e com o projeto de lei Combustível do Futuro”, afirma o diretor superintendente da Ubrabio, Donizete Tokarski.
Fonte: Por Gabriel Azevedo
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