Parlamentar do estado-vizinho deixa claro que só ser amigo do ex-presidente Jair Bolsonaro ou de Lula não é sinal de virtude
Porto Velho, RO – Enquanto a população de Rondônia continua sofrendo com o caos aéreo que se instalou no estado desde julho de 2023, um único senador, Sérgio Petecão, do PSD, do vizinho estado do Acre, demonstrou mais iniciativa do que os três membros da Câmara Alta eleitos por Rondônia: Confúcio Moura, do MDB; Marcos Rogério, do PL; e Jaime Bagattoli, da mesma legenda. O destaque para Petecão se dá pela apresentação do Projeto de Lei 4.715/2023, que visa abrir o mercado regional para empresas estrangeiras, autorizando a operação de voos domésticos na Amazônia Legal.
Essa medida, se aprovada, poderia trazer alívio significativo para a população rondoniense, que atualmente enfrenta preços abusivos e poucas opções de voos devido à redução das operações das empresas aéreas Gol e Azul na região.
Enquanto o senador Petecão demonstrou preocupação real com a situação dos cidadãos da Amazônia Legal, incluindo, óbvio, a de Rondônia, e apresentou uma proposta concreta para resolver o problema, os representantes políticos eleitos pelo estado permanecem notavelmente inativos. O editorial do Rondônia Dinâmica, veiculado em 27 de fevereiro de 2024, destaca a ausência de ação da bancada federal de Rondônia, que parece mais interessada em questões partidárias e em manifestações de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro do que em buscar soluções para os problemas reais enfrentados pela população local.
É importante ressaltar que, além da inação política, as empresas aéreas envolvidas também são alvo de críticas. Gol e Azul, visando apenas o lucro, deixaram os cidadãos de Rondônia abandonados, obrigando-os a arcar com custos exorbitantes para viajar dentro do próprio país.
Diante desse quadro preocupante, é urgente que a classe política, as instituições e as empresas aéreas envolvidas no caos aéreo em Rondônia se comprometam verdadeiramente com a busca por soluções concretas e eficazes.
É louvável o esforço do prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, que tem sido uma voz solitária na busca por uma solução judicial para o problema, mas é necessário que os representantes eleitos pelo estado se juntem a ele nessa luta em prol da população rondoniense.
A população de Rondônia não pode mais ser deixada à mercê das consequências desse impasse. É hora de ação decisiva por parte das autoridades responsáveis, garantindo o direito básico de mobilidade e acesso a preços justos para os voos domésticos.
A falta de ação dos representantes políticos de Rondônia em relação ao caos aéreo no estado é ainda mais evidente com a inércia demonstrada até mesmo por figuras proeminentes como Confúcio Moura, emedebista e aliado do governo Lula, do PT. Como presidente da Comissão de Infraestrutura no Senado Federal, Moura tinha o palco ideal para abordar a questão, no entanto, conforme observado em seu blog, ele praticamente não toca no assunto.
Recentemente, a aviação civil foi tema de debate na Comissão de Infraestrutura, mas, como de costume, poucas soluções resolutivas foram apresentadas. Representantes das empresas aéreas, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e de órgãos de defesa dos consumidores participaram da audiência pública, porém, mais uma vez, nada de concreto foi proposto para resolver o problema que aflige os cidadãos de Rondônia.
A falta de resultados práticos é desanimadora e só agrava a situação já precária enfrentada pela população rondoniense. Enquanto isso, os preços abusivos e a escassez de opções de voos continuam a prejudicar os cidadãos do estado, que se veem cada vez mais "ilhados" em seu próprio território.
Diante desse cenário, é imperativo que os representantes políticos de Rondônia abandonem a retórica vazia e adotem medidas concretas para resolver o problema do caos aéreo.
O senador Petecão, do Acre, ironicamente deu uma "lapada" nos congressistas-petequinhas de Rondônia, Confúcio, Rogério e Bagattoli. Sua iniciativa destacou que só ser amigo do ex-presidente Bolsonaro, do PL, ou do atual, Lula, do PT, não significa nada na prática. Essa discrepância entre ação e retórica ressalta a necessidade urgente de comprometimento real dos representantes políticos com os problemas enfrentados pela população, especialmente diante do caos aéreo que persiste em Rondônia.
Fonte: Por Por Rondoniadinamica
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