Barroso faz discurso ativista, critica militares e provoca Bolsonaro

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Barroso faz discurso ativista, critica militares e provoca Bolsonaro


O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso. (Foto: Agência Brasil)

Porto Velho, RO - Como se já não tivesse despertado incômodos suficientes no Congresso Nacional ao agendar o julgamento para descriminalizar do porte de drogas, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, fez discurso ativista durante a aula magna da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em que listou e criticou práticas atribuídas ao governo do ex-presidente, Jair Bolsonaro, direcionando insultos às Forças Armadas.

Ao defender que ‘os últimos anos’ da história do Brasil romperam com ’35 anos de instabilidade institucional’, Barroso citou ameaça de golpe de Estado, utilização política da fé e a ascensão de uma “extrema direita, que capturou o pensamento conservador”.

Em fala direcionada às Forças Armadas, Barroso disse que os militares “foram manipulados e arremessados na política por más lideranças. Fizeram um papelão no TSE, convidados para ajudar na segurança, para dar transparência, foram induzidos por uma má liderança a ficarem levantando suspeitas falsas”.

Questionado pela imprensa sobre a menção os militares, Barroso tentou suavizar as declarações. Mas tocou no ponto ‘sensível’ de atribuir teor negativo a presença dos militares na política.

“Ressaltei o papel exemplar que as Forças Armadas desempenharam nos 35 anos da democracia brasileira, cumprindo funções constitucionais e fora da política, e um dos pontos que eu acho que nós já estamos superando foi o que todos consideraram uma indevida politização das Forças Armadas”, afirmou.

Aparentemente alinhado com o Supremo, o governo defende, por meio de PEC, que tramita no Senado, impor que militares que pretendam se candidatar sejam, automaticamente, empurrados à reserva, desincentivando a presença de militares em cargos eletivos.

Fonte: Por Deborah Sena

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