Porto Velho, RO - Quem estuda Marketing Eleitoral comigo, em especial, estratégias eleitorais vencedoras, aprende que o voto é uma forma de demonstrar a opinião, vontade ou preferência por algo que está sendo colocado em votação. Já no processo eleitoral, o poder do voto expressa a nossa vontade de eleger um candidato e a escolha é feita com base em nossas crenças, valores e no que acreditamos. Contudo, fenômenos sociais, políticos, econômicos e culturais, influenciam na escolha do candidato e na decisão do voto. Considerando a afirmativa, posso afirmar que o voto não é a única ferramenta para o exercício da democracia, mas é talvez o instrumento mais importante de participação popular. Por sua vez, devo lembrar ao eleitor que a minha Dissertação de Mestrado pelo Programa da Pós-Graduação em Geografia da UNIR, tem o seguinte tema: Poder político local e a territorialidade do voto nas eleições municipais de Porto Velho (2008-2012), o recorte temporal permitiu analisar criticamente o processo político-partidário, eleitoral e a territorialidade do voto nas eleições da nossa capital dos desafios.
Treta
“Cada campanha eleitoral tem suas próprias circunstâncias e características similares”. Por exemplo, existe um mito que todo candidato favorito a prefeitura de Porto Velho perde a eleição, mas eu pergunto: favorito da classe política, de um líder político ou da população? Neste caso, faz necessário fazer uma análise mais profunda em relação quais fenômenos influenciaram os eleitores de Porto Velho na escolha do candidato e na decisão do voto em eleições do passado.
Preteriu
No caso do médico Victor Sadeck (PST) apoiado pelo prefeito Chiquilito Erse (PDT) – esse último era considerado uma liderança bastante carismática, o seu grupo político perdeu a eleição porque preteriu o nome da deputada estadual Marlene Gorayeb, ela representava uma ameaça ao projeto de poder político local de Chiquilito.
Derrota
Embalado pelo sucesso do Plano Real e o controle da inflação no Governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o deputado federal tucano José Guedes vence a eleição do desconhecido e inexpressivo candidato Victor Sadeck (PST). Em seguida, Chiquilito se candidata a prefeito e derrota José Guedes, confirmando a sua liderança politica carismática no âmbito local.
Soberano
No caso do ex-prefeito Roberto Sobrinho (PT), ganhou a eleição em 2004 na onda Lula e reeleito no primeiro turno em 2008 por conta das obras do PAC e da construção das UHE Jirau e Santo Antônio. Com o apoio do Governo Federal, bancada federal e estadual do PT, somado as compensações sociais e ambientais da construção das Usinas, Porto Velho virou um canteiro de obras, tornando Roberto um líder soberano, mas ao termino do segundo mandato, foi um fiasco.
Fenômeno
O prefeito Hildon Chaves (PSDB) foi um fenômeno nas urnas nas eleições de 2016 e na administração da cidade. Recebeu uma prefeitura com elefantes brancos para terminar – viadutos, escolas e creches. Além de um sistema de água e esgoto deficitário, iluminação precária, frota de veículos sucateada, corrupção generalizada em alguns setores da prefeitura, parte de servidores com salários de marajá, e pior, a cidade com um sistema de transporte coletivo precário e a extensa área rural abandonada.
O homem é bom
Resumindo, o homem é bom, o prefeito Hildon Chaves (PSDB) arrumou a casa sem apoio do Governo Federal e Estadual no seu primeiro mandato, contou apenas com uma gestão austera, recursos próprios e emendas parlamentares das bancadas estaduais e federais. Fazendo justiça, Hildon no segundo mandato, recebeu valoroso apoio do Governo do Coronel Marcos Rocha através do Programa Tchau Poeira, o que vem ajudando a sua administração a entregar mil quilômetros de asfalto novo ou renovado.
Bola de Cristal
Observo inúmeras análises com bolas de cristais e bastante especulação em torno de quem vai se lançar na disputa pela Prefeitura de Porto Velho. Inclusive quais os possíveis adversários da pré-candidata Mariana Carvalho (Republicanos) prefeitura de Porto Velho, apoiada pelo prefeito Hildon Chaves (PSDB) e pelo governador Marcos Rocha (União Brasil).
Lembrança
O nome colocado à disposição do eleitor portovelhense da Extrema-direita é do Deputado Federal Coronel Crisóstomo do PL, ele deverá contar com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mas vale lembrar aos desavisados que o parlamentar bolsonarista foi secretário de Obras na primeira gestão do prefeito Hildon Chaves (PSDB).
Enfrentar
O principal nome da Esquerda para disputar a Prefeitura de Porto Velho pode ser da ex-senadora Fátima Cleide do PT ou do Professor Vinicius Miguel do PSB. Caso Fátima confirme a sua pré-candidatura e candidatura ao Prédio do Relógio, ela primeiro precisa voltar a morar em Porto Velho, depois enfrentar o antipetismo que é muito forte em Rondônia.
Conseguiu
O outro nome da Esquerda é do Professor Vinícius Miguel do PSB, esse deverá provar a classe política local e ao eleitor, que conseguiu unir o partido socialista em torno da sua pré-candidatura a prefeito da capital. O PSB foi comandado por décadas em Rondônia pelo ex-deputado federal Mauro Nazif.
Jogar pedra
Vale lembrar ao eleitor que o Professor Vinicius Miguel (PSB) foi secretário dos Distritos na segunda gestão do prefeito Hildon Chaves (PSDB), portanto, não vai poder jogar pedra na administração do seu ex-chefe e aliado político.
Fórum
O Governo de Rondônia realiza amanhã (14) a quarta edição do Fórum de Prefeitos e Vereadores do Estado. Durante o evento, todos os secretários do Governo estarão presentes ao evento para realizar atendimentos estratégicos aos prefeitos e vereadores, no sentido de detalhar as políticas públicas voltadas para os municípios e a população rondoniense.
Fonte: Por Herbert Lins
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