Em entrevista, Fernando Máximo desabafa alegando que articulações de bastidores o tiraram da disputa pela Prefeitura de Porto Velho

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Em entrevista, Fernando Máximo desabafa alegando que articulações de bastidores o tiraram da disputa pela Prefeitura de Porto Velho


“A democracia perdeu”, anotou o deputado federal mais bem votado de Rondônia em 2022


Porto Velho, RO - Parlamentar discute questões ideológicas, atuação no Congresso Nacional e desafios como o uso de drogas e o caos aéreo local

Porto Velho, RO – O deputado federal Fernando Máximo, do partido União Brasil, concedeu uma entrevista exclusiva ao Rondônia Dinâmica, abordando uma gama diversificada de tópicos que vão desde questões políticas até desafios sociais enfrentados pela população.

A entrevista ocorreu em um momento marcado por especulações sobre sua possível candidatura à Prefeitura de Porto Velho, esclarecendo, no entanto, sua decisão de não concorrer ao cargo, não por vontade própria, mas sim por questões de ordem partidária.

Fernando Máximo expressou sua decepção com o cenário político local, destacando a importância da democracia e manifestando preocupação com a perda de representatividade quando os interesses dos bastidores se sobrepõem à vontade popular. No entanto, ele entoa a gratidão pelo governador Coronel Marcos Rocha, do União Brasil, abordando a oportunidade de trilhar seu caminho polítco no setor da Saúde, especialmente à época em que fora secretário de Estado durante a primeira gestão do aliado (reeleito em 2022).

Ele lamentou, lado outro, a articulação política que o impediu de concorrer, ressaltando a necessidade de respeitar a voz da população expressa nas pesquisas eleitorais.

Diante das circunstâncias, o deputado reafirmou seu compromisso em continuar seu mandato na Câmara dos Deputados, mesmo diante de eventuais discordâncias com as decisões partidárias. Ele ressaltou a importância de manter um diálogo construtivo com seu partido e buscar o melhor para seus eleitores e para o país.

Rondônia Dinâmica – Como o senhor se sentiu com o fato de não concorrer à Prefeitura de Porto Velho?


Fernando Máximo – Eu me sinto... Tem uma coisa muito ruim que eu sinto, que é entender que a democracia perdeu. Porque a partir do momento que a população deu indícios nas pesquisas de que ela quer um nome, e esse nome é tirado do jogo, nos bastidores, não foi na urna, eu acho que a democracia perde.

RD – E isso mexeu com seu ânimo?


FM – O que me deixa triste em todo esse processo é essa perda da democracia. Pesquisas, enquetes, os sites, pesquisas registradas TRE [Tribunal Regional Eleitoral] e tudo, a gente estava em primeiro. Se fôssemos para a urna e perdêssemos na urna, Beleza. Não deu certo, é eleição. Mas isso seria democracia. Agora, articular os bastidores. Articulações de bastidores e de interesses que fazem com que não deixem você ser candidato, que foi o que aconteceu... Meu partido, que essa vez eu estava. O partido me chamou em Brasília, a nacional gostou da pesquisa, como você é o primeiro, você é o candidato. Perfeito. E depois tiveram outras conversas por lá com outras pessoas e mudaram a concepção. Inclusive, trazendo uma candidata de outro partido, que não é a líder nas pesquisas, para o partido. Então, isso é o que deixa triste.

A discussão sobre drogas foi um dos pontos centrais da entrevista, com o deputado compartilhando sua extensa pesquisa sobre o tema e destacando os riscos associados à legalização.

Máximo enfatizou que a legalização tende a aumentar o consumo, citando exemplos de países onde medidas semelhantes resultaram em consequências negativas, incluindo o aumento do tráfico e da criminalidade.

Ao abordar a questão do desfile de Carnaval que, em sua visão, desrespeitou a figura de Jesus Cristo, o deputado expressou sua indignação, enfatizando a importância do respeito às crenças religiosas e à cultura.

Ele destacou a necessidade de promover valores que fortaleçam a coesão social e o respeito mútuo entre os diferentes segmentos da sociedade.

Além disso, Fernando Máximo discutiu sua atuação no Congresso Nacional e sua preocupação com questões ambientais, especialmente a atuação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) em Rondônia.

Ele também pontuou suas preocupações com o caos aéreo local, enfatizando a necessidade de medidas eficazes para melhorar a infraestrutura e a segurança no transporte aéreo na região.

A entrevista com o deputado Fernando Máximo ofereceu insights valiosos sobre uma variedade de questões políticas e sociais, destacando a importância do diálogo e da cooperação na busca por soluções que beneficiem a sociedade como um todo.

Em relação à legalização das drogas, Máximo expressou ainda preocupações, citando exemplos de países europeus que enfrentam desafios após optarem por tal medida. Ele também mencionou a realização de um seminário em Rondônia para discutir o tema, lamentando a ausência da ex-ministra Damares Alves devido a problemas de saúde.

Quando questionado sobre sua postura política diante da atual composição da bancada de Rondônia, predominantemente conservadora e liberal economicamente, Máximo enfatizou sua abordagem independente, focada na distribuição de recursos de forma igualitária e baseada em projetos que beneficiem a população, independentemente de filiação partidária.

"Eu nunca olhei partido político. Chegava recurso do Ministério da Saúde, sempre olhei de forma igualitária, independente de pandemia, mesmo antes da pandemia", afirmou o deputado, abordando seu período como secretário de Saúde.

Sobre questões mais polêmicas, como o recente debate em torno do Carnaval e a destruição de maquinários pelo Ibama em operações contra garimpos ilegais, Máximo destacou seu compromisso com o respeito às crenças religiosas e a necessidade de preservação ambiental, enquanto questionava algumas narrativas ideológicas.

"Quando a gente vê, em um país que tem maioria cristã, o zombando de Jesus Cristo, um personagem importantíssimo, o cristianismo. É o personagem mais importante que existe. É o Deus do Cristo, do cristianismo, Deus Filho, eu considero que seria muito despeitoso ", declarou Máximo sobre o episódio envolvendo o Carnaval.

Sobre a questão ambiental, o deputado defendeu o setor agropecuário, argumentando que a produção agrícola é essencial para a economia e o sustento de muitas famílias no estado de Rondônia.

Ele também abordou a controvérsia em torno dos garimpos, questionando a narrativa de que a atividade causa danos irreparáveis ao meio ambiente e à saúde das pessoas.

"Eu vou perguntar para os outros aqui, você está em Porto Velho há quantos anos? Quantas pessoas você conhece que morreram por intoxicação com o mercúrio? Nenhuma, né?”, questionou o deputado, buscando confrontar certos estereótipos sobre os impactos dos garimpos.

Ao longo da entrevista, Fernando Máximo reforçou sua postura de diálogo e abertura ao debate, mesmo com aqueles que possuem visões diferentes das suas.

Ele enfatizou a importância de ouvir e respeitar diferentes perspectivas para construir soluções eficazes e inclusivas para os desafios enfrentados pelo estado e pelo país.

Máximo reiterou, então, sua preocupação com as ações do governo federal contra o garimpo realizado pelos ribeirinhos, alegando que as operações impactam na economia e molestam cidadãos.

"Estamos lidando com uma situação alarmante. Apenas nas balsas em Porto Velho, são utilizados 100 mil litros de óleo diesel por dia, totalizando cerca de 600 mil reais diários em despesas só com combustível. E isso sem contar os salários dos trabalhadores, que podem chegar a valores exorbitantes, como os 10 a 15 mil reais mensais pagos a cozinheiros", destacou o deputado.

Além disso, Fernando Máximo apontou para o grande impacto econômico do garimpo, estimando que cerca de 5 milhões de reais por dia são injetados na economia de Porto Velho através das atividades relacionadas.

Ao abordar possíveis soluções para a questão aérea local, o deputado mencionou um projeto de "céus abertos" exclusivo para a Amazônia, com o objetivo de melhorar a conectividade na região e facilitar o transporte de passageiros e mercadorias. "Precisamos de uma abordagem mais abrangente e sustentável para enfrentar esses desafios. O projeto de céus abertos pode ser uma medida eficaz para melhorar a infraestrutura de transporte na Amazônia", explicou.

Sobre sua atuação como secretário de saúde, Fernando Máximo enfatizou seu compromisso com a população e sua dedicação à causa pública. "Eu nunca quis ser secretário de saúde, mas aceitei o desafio por entender a importância desse trabalho para o bem-estar da comunidade. Mesmo em meio a dificuldades e sacrifícios pessoais, estava e estou determinado a contribuir da melhor forma possível para o avanço da saúde em nosso estado", afirmou.

Ao final da entrevista, o deputado expressou sua gratidão pela oportunidade de compartilhar suas ideias e perspectivas sobre temas tão relevantes para o desenvolvimento de Rondônia e do Brasil. "É sempre um prazer discutir questões importantes para nossa região e nosso país. Espero que possamos encontrar soluções eficazes para os desafios que enfrentamos e construir um futuro melhor para todos", concluiu Fernando Máximo.

Fonte: Por Rondoniadinamica

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