Veja as melhores e as piores cidades do Paraná segundo o ranking do Ideb

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Veja as melhores e as piores cidades do Paraná segundo o ranking do Ideb


Melhores escolas paranaenses no Ideb estão fora dos grandes centros.| Foto: Gabriel Rosa / AEN

Porto Velho, RO - O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb) 2023, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta quarta-feira, colocou o Paraná no topo das avaliações do Ensino Fundamental, nos anos iniciais e finais, e do Ensino Médio. O estado foi o mais bem colocado pela segunda vez seguida, com notas acima das médias nacionais em cada um dos recortes do índice.

Segundo os dados disponibilizados pelo Inep, as cidades paranaenses mais bem colocadas em cada um dos três recortes não estão entre as maiores do estado. Em comum, as escolas públicas destes municípios mantiveram altas taxas de aprovação entre os anos de 2021 e 2023, com índices iguais ou muito próximos a 100%.

Para se chegar ao Ideb, os técnicos do Inep multiplicam esse percentual às notas dos estudantes no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Desta forma, nestes municípios, o nível de aprendizado em Matemática e Português, base de cálculo do índice geral, foi praticamente replicado como a nota do Ideb.

Veja o desempenho das 10 melhores cidades do Paraná no Ideb

Anos iniciais do Ensino Fundamental

Serranópolis do Iguaçu: 8,9 pontos

Cruzeiro do Iguaçu: 8,3 pontos

Atalaia: 8,2 pontos

Janiópolis: 8,2 pontos

Terra Boa: 8,2 pontos

Paranavaí: 8,1 pontos

Joaquim Távora: 8 pontos

Mercedes: 8 pontos

Floraí: 7,9 pontos

Bom Sucesso do Sul: 7,8 pontos

Média do Paraná 6,7


Anos finais do Ensino Fundamental

Joaquim Távora: 6,8 pontos

Novo Itacolomi: 6,7 pontos

Ariranha do Ivaí: 6,4 pontos

Floraí: 6,4 pontos

Boa Esperança: 6,3 pontos

Serranópolis do Iguaçu: 6,3 pontos

Siqueira Campos: 6,3 pontos

Kaloré: 6,2 pontos

Mallet: 6,2 pontos

Ampére: 6,1 pontos

Média do Paraná: 5,5 pontos


Ensino Médio

Joaquim Távora: 5,6 pontos

Virmond: 5,5 pontos

Maripá: 5,4 pontos

Mercedes: 5,4 pontos

Novo Itacolomi: 5,4 pontos

Entre Rios do Oeste: 5,3 pontos

Grandes Rios: 5,3 pontos

Itaipulândia: 5,3 pontos

Manoel Ribas: 5,3 pontos

Porto Amazonas: 5,3 pontos

Média do Paraná: 4,9 pontos


Veja o desempenho das 10 piores cidades do Paraná no Ideb

Do outro lado da tabela, as cidades onde foram registradas as menores notas do Ideb mantiveram altos índices de aprovação dos estudantes. O ponto negativo foram as notas dos alunos no Saeb. Esta realidade se repetiu em Itambaracá, Nova Santa Bárbara e Indianópolis, as piores colocadas no Ideb nos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, respectivamente, além das outras que ocupam as piores posições.

Anos iniciais do Ensino Fundamental

São Jerônimo da Serra: 5,3 pontos

Santa Cecília do Pavão: 5,3 pontos

Porto Rico: 5,3 pontos

Piraquara: 5,3 pontos

Bandeirantes: 5,3 pontos

Antonina: 5,2 pontos

Almirante Tamandaré: 5,2 pontos

Guaraqueçaba: 5,1 pontos

Bocaiúva do Sul: 5,1 pontos

Itambaracá: 5,0 pontos

Média do Paraná 6,7

Anos finais do Ensino Fundamental

Imbaú: 4,6 pontos

General Carneiro: 4,6 pontos

Brasilândia do Sul: 4,6 pontos

São Carlos do Ivaí: 4,5 pontos

Boa Vista da Aparecida: 4,5 pontos

Santo Antônio do Paraíso: 4,4 pontos

Morretes: 4,3 pontos

Coronel Domingos Soares: 4,2 pontos

Cerro Azul: 4,1 pontos

Nova Santa Bárbara: 4,0 pontos

Média do Paraná: 5,5 pontos


Ensino Médio

São João do Caiuá: 3,9 pontos

Santa Mônica: 3,9 pontos

Mirador: 3,9 pontos

Lupionópolis: 3,9 pontos

Itaúna do Sul: 3,9 pontos

Itambaracá: 3,9 pontos

Coronel Domingos Soares: 3,9 pontos

Rancho Alegre: 3,7 pontos

Miraselva: 3,7 pontos

Indianópolis: 3,5 pontos

Média do Paraná: 4,9 pontos


Estado anuncia programa de formação para o ensino de Matemática

Em entrevista à Gazeta do Povo logo após a divulgação dos números do Ideb, o secretário de estado da Educação, Roni Miranda, comemorou os resultados obtidos pelo estado e indicou pontos de atenção para a pasta. Segundo o secretário, o Paraná precisa avançar no aprendizado de Português e Matemática – disciplinas avaliadas pelo índice do Inep – tanto no Ensino Fundamental quanto no Médio.

“A grande maioria das nossas professoras das séries iniciais, principalmente, vêm da área de Humanas, pela formação em Pedagogia. E percebemos também que há uma lacuna no aprendizado da Matemática no Ensino Médio. Por isso o estado está preparando um programa de apoio na formação desses professores, para reforçarmos o nosso pacto na educação tanto pela alfabetização quanto pelo aprendizado da Matemática”, explicou o secretário.

Tal ação, adiantou Miranda, deve ser iniciada após as eleições 2024. Segundo ele, a partir de novembro o governo do estado deve propor encontros com prefeitos eleitos e reeleitos para formatar orientações para a indicação dos responsáveis pelas secretarias municipais de Educação. “É importante que estes gestores indiquem pessoas que sejam técnicas, deixando as indicações políticas mais distantes da Educação”, ressaltou Miranda.

Paraná quer usar o Pisa para comparar níveis de educação com a América Latina


Ao reconhecer que o Paraná ficou abaixo das médias estabelecidas pela própria pasta para o Ideb no Ensino Médio – 4,7 pontos apurados somente nas escolas da rede estadual, contra 4,8 esperados – o secretário disse que sugeriu ao Inep mudanças na forma de divulgação de outra avaliação da educação, a do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).

Segundo Miranda, a forma atual de divulgação do índice do Pisa não permite aos estados identificar pontos de avanços e melhorias. A avaliação é totalizada de forma a se obter uma nota para todo o país, com um detalhamento que chega só à região Sul, no caso do Paraná.

“Desde o ano passado estamos preparando nossos estudantes para o Pisa. Eu fiz esse pedido de forma particular ao Inep para que esses resultados sejam divulgados estado a estado, como já é o Ideb. Da forma como está agora nós perdemos essa nitidez, e o nosso próximo passo é comparar o Paraná com a América Latina”, confirmou.

Sem nota no Ideb, municípios podem sofrer mudanças no repasse do ICMS


Nas planilhas do Ideb, os municípios de Ângulo, Arapuã, Astorga, Colorado, Flórida, Iguaraçu, Jardim Olinda, Lobato, Munhoz de Melo, Nossa Senhora das Graças, Santa Fé e Santo Inácio aparecem sem nota. Questionado sobre a ausência destas cidades na avaliação, o secretário de Estado da Educação apresentou duas justificativas.

A primeira, disse Miranda, é uma adesão inferior a 80% por parte dos estudantes nas avaliações que baseiam o Ideb. Segundo ele, com uma amostragem pequena o resultado pode sair distorcido. Ele, porém, não soube apontar em quais destes municípios esta baixa adesão foi registrada.

A segunda explicação, no entanto, é bem mais inusitada. Segundo o secretário, um veículo que transportava as provas que seriam aplicadas em escolas da região de Maringá tombou nas imediações de Santa Fé, no ano passado. A carga foi perdida, o que impossibilitou os estudantes de serem avaliados no Ideb.

“Os municípios foram prejudicado e não vão ter os seus resultados divulgados. Não foi culpa do município ou da escola. Só que isso vai além da falta de nota. Sem o Ideb, a gente vai ter que fazer uma ginástica para encontrar uma solução ideal de forma a balizar o rateio da distribuição do ICMS para estas cidades. O Ideb é um dos componentes que formam esse percentual, e sem ele é preciso encontrar uma alternativa”, revelou Miranda.

Fonte: Por Fábio Calsavara

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