Em comunicado, as Forças de Defesa israelenses confirmaram a morte de Ibrahim Muhammad Qabisi, responsável pela força de mísseis e foguetes do grupo extremista do Líbano
Porto Velho, RO - Fumaça emerge no sul do Líbano após ataques israelenses, vista de Tiro, no Líbano, nesta segunda-feira (23). — Foto: Aziz Taher/Reuters
O Exército israelense disse, nesta terça-feira (24), que matou Ibrahim Muhammad Qabisi, comandante da força de mísseis e foguetes do Hezbollah, em um ataque aéreo em Beirute.
Segundo comunicado divulgado nas redes sociais, Qabisi, que se juntou ao Hezbollah na década de 1980 e, desde então, ocupou vários cargos militares importantes dentro da organização, foi atingido junto com outros comandantes. Ele teria sido responsável por planejar e executar vários ataques contra civis e soldados israelenses.
"Ao longo dos anos e durante a guerra, ele foi responsável por lançar mísseis contra civis israelenses. Qabisi era uma fonte significativa de conhecimento na área de mísseis e tinha laços estreitos com altos líderes militares do Hezbollah", ressalta o anúncio.
O Hezbollah ainda não se pronunciou sobre o anúncio.
Também nesta terça, em pronunciamento na base de Inteligência militar israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou:
“O Líbano está em perigo. Quem tem um míssil na sala e um foguete na garagem, não terá uma casa.”
Ataques nesta terça-feira (24)
A Força Aérea de Israel atacou dezenas de alvos do grupo extremista Hezbollah na madrugada desta terça-feira (24), pelo horário de Brasília, na região sul do Líbano, de acordo com informações das Forças de Defesa de Israel (FDI) publicadas no Telegram. O grupo extremista também realizou ataques ao país vizinho.
O ataque de Israel levou o Aeroporto Internacional Rafic Hariri cancelou mais de 30 voos de e para Beirute nesta terça: 15 voos de saída e 29 voos de chegada, de várias companhias aéreas.
Segundo o Ministério da Saúde do Líbano, no ataque aos subúrbios da capital libanesa, Beirute, nesta terça, seis pessoas morreram e 15 ficaram feridas.
Na segunda-feira (23), 492 pessoas morreram e 1.645 ficaram feridas no Líbano. Nesta terça, o órgão atualizou o número para 558 mortos na soma dos dois dias. A segunda-feira foi o dia mais sangrento no país desde a guerra de 2006.
Segundo ministro libanês Firass Abiad, os mortos incluem 50 crianças e 94 mulheres. Outras 1.835 pessoas estão feridas.
"Quatro paramédicos morreram ontem quando ambulâncias e clínicas foram atingidas por Israel. Nesta manhã, atingiram o Hospital Bint Jbail", diz Abiad.
Segundo o comunicado das forças israelenses desta terça, o bombardeio aéreo atingiu a "célula terrorista do Hezbollah" que havia atacado a área de HaAmakim, no norte de Israel, durante a noite.
Autoridades militares de Israel ouvidos pela Reuters afirmam que um dos ataques desta terça tinha como alvo um comandante do Hezbollah. Não há detalhes sobre este ter sido atingido ou não.
Além disso, ainda conforme o comunicado do Telegram, a artilharia e os tanques israelenses atingiram alvos nas áreas de Ayta ash Shab e Ramyeh, no sul do Líbano.
De acordo com o canal de notícias Al Jazeera, o Hezbollah também realizou ataques. Foram seis bombardeios contra posições militares israelenses, incluindo a base aérea de Ramat David.
Por conta dos ataques, sirenes soaram em Israel, como nas cidades de Haifa e Nazaré. As Forças de Defesa de Israel confirmaram que as sirenes tocaram na região norte do país.
O porto de Haifa, um dos principais do país, segue operando normalmente, segundo o governo israelense.
Segundo a agência Reuters, a TV Al-Manar, ligada ao Hezbollah, disse que o grupo atacou uma fábrica de explosivos com foguetes. O local fica no território de Israel, a 60 km da fronteira entre os países. O grupo extremista afirmou que atacou o aeródromo de Megiddo em três ocasiões diferentes durante a noite.
Pânico e fuga em massa
Os bombardeios israelenses causaram pânico e geraram uma fuga em massa do Líbano. Pouco antes dos ataques de segunda, as Forças de Defesa de Israel tinham alertado a população civil para que se afastasse "imediatamente" de supostas posições e depósitos de armas do grupo extremista Hezbollah.
Ataque israelense no sul do Líbano na segunda-feira — Foto: REUTERS/Aziz Taher
Fonte: Por G1
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