O marketing agressivo de Euma funcionou; adversários caíram na cilada; Bozo em Rondônia; e Ricardo Frota sumiu

Editors Choice

3/recent/post-list

Geral

3/GERAL/post-list

Mundo

3/Mundo/post-list
NASA RO

O marketing agressivo de Euma funcionou; adversários caíram na cilada; Bozo em Rondônia; e Ricardo Frota sumiu

 
Por Robson Oliveira


RESENHA POLÍTICA

ROBSON OLIVEIRA


MARKETING

Porto Velho, RO - Ao que parece a equipe responsável pelo marketing da campanha da candidata Euma Tourinho, do MDB da capital, acertou no tom e reposicionou a candidata com peças que atingiram o coração dos adversários. É tão verdade que basta observar nas mídias sociais que a candidata publicou o aumento vertiginoso de cliques, compartilhamentos e de pessoas que assistiram. O filme com as cartas de baralhos, por exemplo, foi assistido por mais de quarenta mil pessoas. O anterior, sem o mesmo apelo, menos de mil. A crítica aos vips que foram aos Lençóis Maranhenses, dirigida exclusivamente ao prefeito Hildon Chaves, também alcançou um público enorme. Portanto, quando o marketing acerta, o candidato bomba.

REAÇÕES

As peças da juíza Euma foram tão certeiras que os adversários passaram o recibo ao reagir com veemência e hostilidades. As mensagens são tão fortes que suscitaram inclusive a ira dos assessores e do puxa-saquismo da candidata oficialíssima dos vips. Até um candidato do campo ideológico da esquerda reagiu ingenuamente às peças como se tais estratégias não fossem cópias, eleição a eleição, umas das outras. As reações também foram bobas, mas até os bobos de plantão perderam o juízo e caíram na cilada armada pela equipe da juíza. Euma conseguiu finalmente incomodar os adversários e se posicionar na campanha.

BOZO

Preocupados com a possibilidade de um segundo turno, a coordenação da campanha da menina Mariana Carvalho (UB) agendou a vinda de Bolsonaro a Porto Velho, como última tentativa de faturar a campanha em 6 de outubro. É, sem dúvida, um reforço portentoso num colégio eleitoral onde o ex-presidente mantém uma boa performance. Vira problema para os coordenadores e a candidata caso a visita não surta o efeito desejado, ou seja, a decisão fique para um segundo turno. Daí o nervosismo quando os adversários conseguem se destacar nas mídias sociais num pleito onde o poder político e econômico tenta sufocar os concorrentes de forma massacrante.

FAVORITA

Não há nenhuma dúvida do atual favoritismo da filha de Aparício Carvalho, basta verificar a campanha vistosa que colocou nas ruas com centenas de “formiguinhas” nas esquinas da capital, embora o clima seja árido, quente e esfumaçado. É a campanha com mais recursos disponíveis e anabolizada por figuras carimbadas da política rondoniense. A última vez que um governador e o prefeito da capital caminharam juntos já se vão quase trinta anos, quando Chiquilito declarou apoio ao Raupp. Na época a dobradinha não deu liga, mas no ano passado, ao aderir à campanha de reeleição do governador Marcos Rocha, Hildon Chaves conseguiu a folga que Rocha necessitava para vencer um pleito bem acirrado. Sem este apoio é difícil cravar peremptoriamente que o governador venceria pela segunda vez. Enfrentar este grupo financeiramente abastado e politicamente numeroso não é tarefa fácil, apesar de que em política até ‘boi voa’.

SUMIU

Quem desapareceu da campanha foi o candidato do Novo, Ricardo Frota. A coluna procurou peças com as propostas para avaliar a exequibilidade, mas não logrou êxito. Ou desmilinguiu de vez a candidatura, ou o candidato optou pelo anonimato. O que não é comum em eleição. O fato é que sumiu o candidato do novo de novo.

GUAJARÁ

Enquanto todos imaginavam que Dr. Neidson (PRTB) seria o candidato a desalojar definitivamente Raissa Bento (MDB), prefeita duas vezes afastada, eis que a avaliação momentânea aponta com favoritismo a esposa de Bento para um eventual segundo mandato. Muita fumaça ainda há de ser dissipada em Guajará-Mirim para que possamos visualizar com nitidez quem de fato é capaz de derrotar a prefeita afastada, mas o candidato do PP Netinho começa a se habilitar para jogar água neste fogaréu.

JIPA

No segundo maior colégio eleitoral do estado, Ji-Paraná, a disputa continua acirrada entre o candidato Afonso Candido (PL) e o atual prefeito Isaú Fonseca (MDB). Como é um colégio predominantemente bolsonarista por natureza, o anúncio da visita do ex-presidente ao município deverá ajudar na campanha do candidato do PL. A avaliação é de que sem a ajuda de Bolsonaro, quem tende a levar o pleito é o encalacrado atual prefeito.

VILHENA

O delegado Fiori (Podemos) está bem avaliado para um segundo mandato e disputa a prefeitura vilhenense com o candidato petista Alan Souza e Raquel Donadon (PRD). Todos aguardavam que esta campanha seria o retorno da família Donadon à vitória nas urnas, mas ao que aparece a derrota está mais próxima. O que não é uma notícia ruim, embora o delegado não seja flor que se cheire.

REELEIÇÃO

Em Ouro Preto, região central do estado, o prefeito Alex Testoni (UB) está bem contado para mais um mandato em razão da boa avaliação da administração. O principal adversário é o delegado Julio Cesar (Podemos), o mesmo que se envolveu recentemente com polêmicas ainda não bem esclarecidas com o ex-governador Daniel Pereira. A reeleição de Testoni é o resultado mais provável, caso não haja fato superveniente na eleição.

REELEIÇÃO II

Em Rolim, a exemplo de Ouro Preto, o atual prefeito Aldo Julio (UB) caminha para cumprir mais um mandato. Os adversários Carlos Magno (Psol), Cristiane Ortega (MDB), Dr Godói (PL) e Luzenir Mota (PT) não empolgaram até o momento para afastar o favoritismo do atual alcaide.

SUCESSOR

Já em Pimenta Bueno o principal cabo eleitoral é o atual prefeito e deve emplacar a professora Macilene Cruz (Podemos) como sucessora. Valteir Cruz (UB), candidato do grupo Cairu, ainda não decolou e Mario Serra do Cidadania sequer colocou a campanha na rua de forma ordenada.

QUEIMADAS

Continuam péssimas as condições do ar em Rondônia e os reflexos na saúde das pessoas, especialmente crianças e idosos, superlotam os postos de saúde e hospitais particulares. Com o calor, a secura e a falta de chuvas, tudo associado, a situação é de lástima. Água que era abundante na região secou em níveis nunca vistos por aqui. Há córregos que simplesmente desapareceram e outros foram aterrados para dar espaço à especulação imobiliária. Tudo com a complacência de autoridades que deveriam cuidar melhor dos nossos mananciais. Agora Inês é morta, infelizmente!

CRIME

É odioso, para não afirmar criminoso, constatar que as reservas florestais e indígenas são as que mais viraram cinzas com o fogo que assola nossas riquezas ambientais. Exatamente estas que sempre suscitaram a ambição de pecuaristas invadindo criminosamente as áreas de proteção ambiental para a expansão de sua pecuária. Ainda somos obrigados a conviver com a reação política dos invasores que se utilizam dos mecanismos de governo para perpetuarem uma política agrícola predatória e concentradora. Quem se insurge contra é inexoravelmente linchado.

ASSÉDIO

São graves as inúmeras denúncias de assédio que pesam contra o Superintendente do SEBRAE, Clébio Billiany Mattos, formuladas por servidoras e servidores do órgão. A coluna teve acesso a relatos de quatro mulheres que afirmam categoricamente que foram vítimas da sanha supostamente criminosa do superintendente nas dependências do órgão. O clima instalado é de perseguição e retaliação a quem critica tais crimes. Segundo a coluna apurou, são denúncias de conhecimento dos órgãos de fiscalização que tramitam a passos lentos enquanto o assédio segue livre, leve e solto.

GRÁVIDA

Um dos casos, segundo relato, provocou repulsa por ser um assédio moral contra uma mulher em gestação de risco que, após as agressões, virou chacota na boca do agressor. Outra denúncia é o suposto uso ameaçador de arma de fogo dentro do órgão, embora o superintendente possua porte de arma. O cargo é indicação do Governo de Rondônia e o superintendente se regozija em repetir que tem costas largas. Com a palavra o MPT, antes que uma tragédia se instale no local. A denúnia inicialmente veio a público através da apuração correta do site Painel Político, onde descreve nuances abjetas deste episódio lamentável.

IMPEACHMENT

Não passa de embuste o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes (STF) formulado no Senado por um grupo de parlamentares extremistas que ainda reverberam a lorota de que o magistrado cometeu condutas incompatíveis com a toga na condução do TSE, além de perseguir supostamente o ex-presidente Jair Bolsonaro. É mais um ato essencialmente político sem efeito prático que este grupo faz desde que assumiu a atual legislatura. Quem tem o cuidado de aferir as denúncias e confronta com as provas verifica que o ato não passa de um embuste destinado a criar factóides junto ao público da extrema direita que se alimenta de espalhar fake news nas redes sociais. O projeto vai ao lixo, uma vez que o conteúdo é imprestável ao que se propõe. Nenhum aprendiz de constitucialismo levaria a sério um pedido tão medíocre. Exceto o experiente e competente senador Confúcio Moura, todos os demais membros da bancada rondoniense no Congresso Nacional assinou a esparrela.

IMEXÍVEL

Não houve uma decisão, uma prisão, uma sentença proferida pelo ministro Alexandre de Moraes (STF), sobre os atos atentatórios ao Estado Democrático de Direito, ou mesmo os inquéritos por ele instaurados, reformado pelos demais membros do Supremo Tribunal Federal. Embora os detratores insistam em promover linchamentos morais em eventos públicos; suas decisões, inclusive as mais controvérsas, mantém-se incólume e em pleno cumprimento. Enquanto a turba berra nas ruas, a caneta do ministro continua com a mesma força encarcerando a parva. Todos estão carecas de saber que Xandão não cai e o novo pedido de impeachmant é um engodo que alimenta de ódio o gado desgarrado.

ERROS

Isto não significa que o ministro Alexandre de Moaraes não cometa erros em seus julgamentos, longe disso, mas em se tratando da defesa das instituições democráticas e dos princípios que fundam a República o ministro tem sido o xerife que a nação precisa. O mais trágico (cômico) nesta narrativa é verificar que os que vão as ruas gritar por liberdade são os mesmos que propõem o fechamento do Congresso Nacional e a instalação de uma Ditadura Militar. Pare estes alucinados, a pena do Xandão é única solução, conforme preceitua a Constituição.
Por Robson Oliveira

Postar um comentário

0 Comentários