Foto das filmagens do documentário Bala de Banana - uma doce tradição. Divulgação
Porto Velho, RO - Produzido pela TV Câmara e pelo Sebrae, o minidocumentário Bala de Banana - uma doce tradição. apresenta o impacto da fabricação do doce e da venda do produto na vida de milhares de moradores da região. O filme estreou na programação da emissora na noite desta quinta-feira (14) e tem reprise agendada para sexta-feira (15), às 19h30.
As balas começaram a ser fabricadas em 1981, e a venda era feita em pacotes, nas bancas de beira de estrada do litoral paranaense. O tempo se encarregou de fazer das balas uma tradição e um símbolo da cidade até que em dezembro de 2020, conquistaram o selo de Indicação Geográfica concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
“Uma das nossas maiores missões é promover o desenvolvimento do litoral do Paraná. E, justamente por isso, a nossa matéria-prima vem de mais de 50 famílias ao redor de todo o litoral", conta Bárbara Mendes, fabricante da Bananina, uma das marcas mais conhecidas da região. "É a agricultura familiar que se une para que a gente possa ter, semanalmente, a carga de bananas chegando para a produção da bala” diz.
A produção da Bananina chega a 6 toneladas por mês e emprega 15 funcionários, além de movimentar diversos fornecedores na cadeia de produção. Rafaela Takasaki, sócia e diretora-executiva das Balas de Banana de Antonina, explica que a identidade do doce e da cidade andam sempre juntas. “A bala não é mais bala, não é mais um doce que você desembrulha e come. Ela já tem vida própria, ela é troca de afeto, é lembrança, é presente. Ela é parte da vida de um monte de gente”, avalia.
A conquista da IG
O Sebrae Paraná atuou desde a sensibilização da comunidade sobre a notoriedade do produto em Antonina e sua real condição para buscar e conquistar a IG. O trabalho envolveu diagnósticos, levantamento de dados, conteúdos históricos, criação da “marca” e ações para fortalecer a governança e o associativo na cadeia de produção da bala de banana.
“Antonina tinha a fama da bala e precisava organizar aspectos históricos, técnicos e sensibilizar a comunidade sobre essa potencialidade. Junto com nossos parceiros, traçamos uma estratégia que foi bem-sucedida e hoje temos uma IG que valorizou não só a produção da bala de banana, como a cidade de modo geral, atingindo o turismo, gastronomia e com resultado efetivo de mercado”, explica Maria Isabel Guimarães, consultora do Sebrae/PR.
Somada à organização e articulação pela busca da indicação geográfica, foram realizadas avaliações de posicionamento do produto no mercado, missões técnicas para conhecer a experiência com IGs em Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Fonte: Por Bom Gourmet
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