Só se pensa em 2026: as movimentações que moldam o futuro político de Rondônia

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Só se pensa em 2026: as movimentações que moldam o futuro político de Rondônia


Vitória de Léo Moraes altera estratégias e expõe fragilidades; nomes de peso já articulam para o próximo ciclo eleitoral


Porto Velho, RO
– As eleições municipais mal encerraram em Rondônia, e o foco rapidamente se desloca para 2026. Nos bastidores, líderes políticos já se movem como peças de xadrez em um tabuleiro que promete reconfigurar o cenário estadual nos próximos anos. A eleição de Léo Moraes (PODEMOS) à prefeitura de Porto Velho foi um divisor de águas. Ela desestabilizou os planos cuidadosamente traçados pelo grupo liderado pelo governador Marcos Rocha (UNIÃO BRASIL) e pelo prefeito Hildon Chaves (PSDB), que tinham em Mariana Carvalho (UNIÃO BRASIL) uma aposta segura para impulsionar suas futuras candidaturas ao Senado e ao Governo.

Com a derrota de Mariana, as engrenagens dessa estratégia precisam ser rapidamente ajustadas. Especula-se que Mariana, pode buscar uma vaga na Câmara Federal, enquanto seu irmão, Maurício Carvalho (UNIÃO BRASIL), pode disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa.

Senado em 2026: uma corrida por duas cadeiras e muita disputa interna

Um dos pontos centrais para 2026 é a batalha pelas duas cadeiras do Senado que estarão em jogo. Com uma lista de possíveis candidatos que inclui o governador Marcos Rocha, o prefeito Hildon Chaves, os senadores Marcos Rogério (PL) e Confúcio Moura (MDB), e os deputados federais Fernando Máximo (UNIÃO BRASIL) e Sílvia Cristina (PP), a disputa promete ser acirrada. Cada um desses nomes traz consigo não apenas popularidade, mas também interesses distintos que podem redefinir alianças e fragmentar apoios. Esse embate deverá testar a força de cada grupo político, especialmente num estado onde a direita tem ganhado cada vez mais terreno.

Apesar do clima de efervescência entre os nomes de centro-direita, a esquerda estadual permanece em uma posição fragilizada. Mesmo com o governo federal sob o comando do presidente Lula, a esquerda em Rondônia não conseguiu capitalizar nas últimas eleições, atuando mais como um fiel da balança do que como uma força protagonista. Nos pleitos de 2022 e 2024, sua influência se resumiu a apoiar candidaturas de outras frentes, uma tendência que parece se manter para 2026.

A corrida ao Governo: Hildon Chaves, Sérgio Gonçalves e os desafios de Marcos Rocha

No campo das sucessões ao Governo do estado, o vice-governador Sérgio Gonçalves desponta como o favorito de Marcos Rocha para dar continuidade ao projeto atual. No entanto, Hildon Chaves, cuja ambição pelo cargo é notória, vê seus planos ameaçados após a derrota de Mariana Carvalho em Porto Velho. A recente perda de capital político pode forçar Hildon a adiar seus projetos, repensando suas estratégias.

Outro nome que desponta como possível candidato é Lúcio Mosquini (MDB). Reconhecido por suas críticas ao governo federal e pelo alinhamento com pautas da direita, Mosquini pode considerar uma mudança partidária para fortalecer sua posição junto ao eleitorado bolsonarista, que ainda exerce grande influência em Rondônia.

Ivo Cassol: o retorno que pode mudar o jogo

Além desses nomes, não se pode descartar a figura de Ivo Cassol (PP), ex-governador e uma liderança ainda muito respeitada, especialmente no interior do estado. Sua eventual candidatura em 2026 depende de questões jurídicas que podem ser resolvidas até lá, mas seu retorno é visto como uma ameaça potencial às novas lideranças que tentam se consolidar.

Nos próximos meses, o ritmo das articulações deve se intensificar, com alianças sendo forjadas e traições possivelmente surgindo à medida que os grupos políticos buscam posicionar suas peças no tabuleiro eleitoral de Rondônia. O estado, que viveu nos últimos anos um período de polarização e mudanças bruscas, agora se prepara para uma nova fase. E, assim como em 2024, quem errar menos nas negociações terá uma vantagem decisiva quando a contagem regressiva para 2026 chegar ao fim.

Fonte: Por Rondoniadinamica

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