Esperança com a economia? A gente vê depois: só em 2027

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Esperança com a economia? A gente vê depois: só em 2027


Economistas encaram com otimismo: após aumento da desaprovação de Lula, o real valorizou e as ações subiram. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Porto Velho, RO
- Com as eleições de 2026 se aproximando, será cada vez mais comum observarmos pesquisas de popularidade do presidente e de intenções de voto afetarem o preço dos ativos. Pelas últimas pesquisas, observa-se que, a cada queda da popularidade de Lula, o dólar cai e a bolsa sobe.

Na sexta-feira passada (14), o Datafolha mostrou o maior índice de desaprovação histórica do presidente. Resultado: o real valorizou e as ações subiram. Movimento parecido já havia sido constatado pela pesquisa Quaest, também divulgada recentemente.

A reação dos investidores à piora de aprovação do presidente se traduz em otimismo com a economia no futuro, diante da maior probabilidade de derrota do petista nas urnas. O mercado financeiro não quer mais Lula, pois não confia mais nele para conduzir os desafios econômicos do país.

Desde que assumiu, Lula não fez nada de novo. Apenas aumentou gastos públicos, concedeu isenções fiscais para setores privilegiados, ampliou o crédito subsidiado e ampliou o alcance e os benefícios das políticas de transferência de renda (vale-gás, pé de meia, bolsa família).

Nenhuma reforma estruturante. Nem mesmo a reforma tributária pode ser creditada ao governo de turno, já que começou no Congresso ainda em 2019.

Lula apenas apostou no que sempre soube fazer. Utilizar a máquina estatal para gerar crescimento artificial do PIB no curto prazo, sem se importar com as consequências de médio e longo prazo para a economia brasileira.

O populismo de curto prazo, baseado na expansão do gasto público e no crédito subsidiado, de fato, trouxe crescimento da economia para 2023 e 2024. Entretanto, não foi um crescimento sustentável, mas artificial, com consequências negativas para toda a sociedade.

A demanda agregada cresceu mais do que a capacidade de oferta (produção) do país, gerando pressões inflacionárias. Além disso, como o crescimento decorreu da expansão do gasto, o endividamento cresceu, pressionando fortemente as taxas de juros.

Nem mesmo a expansão do PIB em 3,5% e o desemprego em 6,2% foram capazes de minimizar a insatisfação geral com o governo Lula. Para o trabalhador, o desgosto vem da perda de poder de compra com a inflação.

Para os empresários, o aborrecimento decorre da alta da taxa de juros e da falta de perspectiva para o país. Já para o mercado financeiro, o descontentamento advém da ausência de planos e reformas estruturantes.

Diferentemente do passado, as desculpas para o pessimismo com a economia não colam mais. Não adianta culpar “a herança maldita”, “o bolsonarismo”, “a ameaça democrática”, “o Roberto Campos Neto”, “a ganância dos empresários em aumentar preços”, “a fake news do PIX”, etc.

A sociedade começa a perceber que Lula é responsável pela inflação, pelo descontrole fiscal e pela falta de perspectiva econômica para o país. Tudo isso traduzido no sentimento de desesperança do brasileiro

E não dá para tirar a responsabilidade do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela condução econômica do país. Afinal de contas, ele também foi o fiador do famigerado arcabouço fiscal, PEC de Transição, do tímido pacote fiscal, do aumento das políticas de transferência de renda e da ampliação do crédito subsidiado, que elevaram o endividamento público e trouxeram inflação.

Basicamente, são as velhas fórmulas adotadas no passado (2º mandato Lula e Dilma), que levaram à maior crise econômica do país. E o pior é que não há nenhum sinal de reversão. Pelo contrário, com a queda de popularidade, Lula deve dobrar a aposta no populismo de curto prazo para tentar ganhar as eleições em 2026.

Enquanto isso, resta para a população acompanhar as pesquisas de intenção de voto para quem sabe começar um novo ciclo em 2027. A esperança a gente vê depois.

Fonte: Por Alan Ghani

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