
Porto Velho, RO - Editor do jornal eletrônico Tudo Rondônia, Rubens Coutinho é um jornalista sério e experiente, conhecedor, como poucos, das coisas da política rondoniense e, por isso mesmo, não é do tipo que costuma procurar chifre em cabeça de cavalo. Se ele farejou um cheio forte de fritura na administração do Cel. Marcos Rocha, manda o bom senso que o chefe do executivo estadual comece, desde já, a buscar eventuais culpados por colocar a frigideira palaciana no fogo, antes que o utensílio acabe espalhando óleo para todos os lados, causando queimaduras de terceiro grau em muita gente. Lavar as mãos não é e jamais será a melhor opção.
É sabido que todo governo tem suas crises. A administração Marcos Rocha não seria a primeira, tampouco a última. Algumas crises são superficiais; outras, contudo, profundas e demoradas, com consequências, na maioria das vezes, irreversíveis. Geralmente, as crises governamentais estão relacionadas a disputas por espaços no governo, porém, independentemente de qual seja o motivo, cabe ao gestor a responsabilidade de pegar o bisturi e extirpar o cancro, antes que a metástase se espalhe pelo corpo inteiro do paciente.
E isso precisa ser feito com responsabilidade e equilíbrio, longe do sensacionalismo e do partidarismo, tendo sempre em vista os interesses da população e da democracia. Tentar esconder a gravidade de uma suposta crise na qual estaria mergulhada a sua administração, com seu alto teor de nitroglicerina, não ajudaria em nada o governador Marcos Rocha. Se é certo o dito que ensina onde há fumaça, há fogo, melhor investigar os possíveis focos de incêndio, antes que as labaredas se espalhem por todos os cômodos da casa. Mal refeito de uma crise de segurança que mandou para o espaço boa parte da credibilidade de que desfruta sua administração no conceito da população, agora, o governador Rocha teria que enfrentar uma crise de egos na cúpula de seu governo. É mole?
Fonte: Valdemir Caldas
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