
IPCA-15 de fevereiro foi puxado para cima pelos gastos com Educação e Habitação, entre eles cursos e conta de luz. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Porto Velho, RO - A prévia da inflação de fevereiro registrou uma forte alta de 1,23% puxada principalmente pelos gastos com Educação e Habitação, de acordo com dados divulgados nesta terça (25) pelo IBGE. Foi o maior índice registrado para o mês desde 2016, quando chegou a 1,42%.
O resultado para o mês do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) representa ainda um salto de 1,12 ponto percentual em relação a janeiro (0,11%) e alcança 4,96% em 12 meses – estourando o teto da meta de 4,5%.
Os gastos com Educação dispararam 4,78% no período, seguidos pela Habitação com 4,34%. As únicas quedas ocorreram nos grupos de Vestuário (-0,08%) e Comunicação (-0,06%).
O aumento da inflação preocupa o governo e influencia diretamente na definição da taxa básica de juros. Quanto mais alta, maior será a Selic para controlá-la. Para este ano, segundo o Relatório Focus desta semana, a inflação deve alcançar 5,65%, com os juros a 15%.
De acordo com o IBGE, o maior impacto na prévia da inflação de fevereiro veio da conta de luz, que disparou 16,33% após a retirada do bônus de Itaipu, concedido em janeiro e que havia reduzido as tarifas em 15,46%.
Já o aumento da inflação da Educação ocorreu devido à volta às aulas, com “reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo”, disse o IBGE. Os cursos regulares subiram 5,69%, com destaque para o ensino fundamental (7,50%), médio (7,26%) e superior (4,08%).
O Congresso definiu os itens que serão sobretaxados pelo "imposto do pecado". A lista inclui álcool, fumo, apostas, carros, bebidas açucaradas e outros. Qual a sua opinião?
Concordo com o "imposto do pecado". O governo e o Congresso devem desestimular o consumo de certos produtos e serviços, e a taxação é uma boa opção para isso
O consumo de certos produtos e serviços deve se desincentivado, mas não por meio de impostos, e sim por campanhas educativas ou outras ações
Não é função do governo e do Congresso estimular ou desestimular o consumo disto ou daquilo. Cada um deve ser livre para escolher, sem pagar a mais por suas opções
No grupo da Alimentação, que foi o grande vilão nos períodos passados, houve um aumento menor, de 0,61%, puxado pelos preços da cenoura (17,62%) e do café moído (11,63%). Por outro lado, as quedas da batata-inglesa (-8,17%), do arroz (-1,49%) e das frutas (-1,18%) seguraram o índice.
O setor de Transportes, como já se esperava, registrou um aumento de 0,44%, influenciado pelo reajuste nos combustíveis no começo do mês (1,88%), com o aumento do ICMS cobrado pelos estados. A gasolina subiu 1,71%, o etanol 3,22% e o óleo diesel 2,42%, enquanto o gás veicular teve leve retração de 0,41%. Já as passagens aéreas tiveram forte queda de 20,42%.
Os transportes públicos também pesaram no bolso do consumidor. A tarifa de ônibus urbano aumentou 5,20%, com reajustes expressivos em algumas cidades. Em São Paulo, o trem e o metrô subiram 2,97% após o aumento de 4% nas passagens em janeiro, enquanto no Rio de Janeiro a passagem de trem avançou 2,68% após um reajuste de 7,04%.
Fonte: Por Guilherme Grandi
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