
(Foto: MyKe Sena/Câmara dos Deputados)
Porto Velho, RO - O senador Márcio Bittar (União Brasil-AC) está prestes a se filiar ao Partido Liberal (PL), e a mudança deve ocorrer ainda neste mês de fevereiro ou no início de março de 2025. A informação foi confirmada à coluna Entrelinhas por uma fonte próxima ao parlamentar, que revelou que a transição foi adiada para após as eleições para a mesa do Senado, evento que aconteceu no último sábado (1°). A decisão, portanto, se alinha a um novo cenário político no Congresso Nacional.
Embora Bittar seja o único senador a confirmar sua migração para o PL, outros colegas foram convidados para ingressar na legenda. O senador Alan Rick (União Brasil-AC), também do estado do Acre, recebeu o convite, mas, em uma entrevista anterior ao Estadão, deixou claro que não fecharia as portas para o PL, embora não deva sair do União Brasil por enquanto. O senador Cleitinho (Republicanos-MG) também foi sondado, mas não confirmou se aceitará a mudança em algum momento, sobretudo porque ainda precisa decidir se irá disputar o governo de Minas Gerais.
A sigla também pretende atrair a senadora e ex-ministra da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos-DF). Ela irá assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado na gestão de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) por articulação da Oposição que apoiou o novo presidente do Senado e não deve mudar de partido proximamente.
No plano estadual, o senador Márcio Bittar tem fortalecido sua parceria com Tião Bocalom (PL-AC), atual prefeito de Rio Branco, capital do Acre, reeleito nas últimas eleições com 54,82% dos votos válidos no primeiro turno. O apoio de Bittar foi considerado um fator decisivo para a vitória de Bocalom. Nos bastidores, comenta-se que a estratégia do senador é que Bocalom dispute o governo do Acre nas próximas eleições, enquanto Bittar tentaria a reeleição para o Senado, uma aliança que, se concretizada, tem o potencial de fortalecer o PL na região, especialmente contra o ex-governador Jorge Viana (PT-AC), que, segundo fontes, deve sair para o Senado.
O PL até agora conta com 14 senadores: Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Carlos Portinho (PL-RJ), Dra. Eudócia (PL-AL), Eduardo Gomes (PL-TO), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Izalci Lucas (PL-DF), Jaime Bagattoli (PL-RO), Jorge Seif (PL-SC), Magno Malta (PL-ES), Marcos Pontes (PL-SP), Rogério Marinho (PL-RN), Romário (PL-RJ), Wellington Fagundes (PL-MT) e Wilder Morais (PL-GO). Com a entrada de Bittar, o PL terá o mesmo número de senadores que o PSD, que possui 15 filiados na Câmara Alta.
Fonte: Por Desirée Peñalba
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