Direita prevalece no processo de renovação da política em Rondônia

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Direita prevalece no processo de renovação da política em Rondônia



Porto Velho, RO - Rondônia é um Estado ainda em processo de formação. São pouco mais de 40 anos de emancipação político-administrativa e tem a política vocacionada, em sua grande maioria, à extrema-direita.

No processo eleitoral mais recente da política nacional, prevaleceu a polarização de direita, que se fortaleceu desde a eleição de Lula da Silva (PT), em 2022, na disputa com Jair Bolsonaro (PL). A pluralidade deixou de existir e a democracia foi prejudicada em nível nacional, pois Lula e Bolsonaro continuam sendo os nomes citados com constância no processo político-eleitoral do país.

O segmento do processo político em Rondônia é voltado para a direita. Os partidos de centro-direita elegeram o maior número de prefeitos e vereadores nas eleições de 2024. Porto Velho, por exemplo, tem 23 vereadores, nenhum do PT.

Em nível estadual, a situação não é diferente. A Assembleia Legislativa é composta por 24 deputados, e somente um é do PT: Cláudia de Jesus, de Ji-Paraná.

Na área federal, a situação é mais ostensiva em termos de domínio de políticos de direita. Dos três senadores, Marcos Rogério (PL) e Jaime Bagattoli (PL) são de direita, e Confúcio Moura (MDB), de esquerda.

O governador Marcos Rocha, reeleito em 2022, é do União Brasil, direita. Os deputados federais são todos ligados à direita: Fernando Máximo (União), Sílvia Cristina (PP), Maurício Carvalho (União), coronel Chrisóstomo Moura (PL), Thiago Flores — eleito pelo MDB, mas atualmente filiado ao Republicanos —, Cristiane Lopes (União) e Eurípedes Lebrão (União).

Tudo indica que, para as próximas eleições gerais (presidente da República, governadores e seus vices; duas das três vagas ao Senado dos Estados e Distrito Federal; Câmara Federal e Assembleias Legislativas), em 2026, a direita continuará prevalecendo na política regional. Isso se deve aos novos nomes que surgiram, todos com considerável capacidade de votos, pois são identificados com os eleitores da capital e do interior.

A tendência de direita na política em Rondônia ficou bem explícita em recente consulta popular do instituto Paraná Pesquisas, considerado um dos mais eficientes no segmento. Em todas as simulações, os candidatos à presidência da República de direita venceriam as eleições presidenciais sem dificuldades.

Foram feitas sondagens com Bolsonaro e Lula, com o ex-presidente vencendo com 55,5% dos entrevistados, e Lula com 21,8%. A esposa de Bolsonaro, Michelle (PL), também está bem identificada com o eleitorado de Rondônia. Venceria Lula por 45,2% a 22,3%. Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, venceria Lula por 32% contra 23,2%. Isso comprova a identificação da maioria do eleitorado de Rondônia com os políticos de direita, liderados por Bolsonaro.

A tendência atual e futura de Rondônia é, e continua sendo, a de um Estado identificado com a direita na política. As novas lideranças que se destacaram nas últimas eleições confirmam essa realidade. A probabilidade de o Estado se manter, ou até ampliar, a preferência por políticos de direita se manifesta nos bastidores, com vários nomes em condições de sucesso nas eleições de outubro de 2026.

Em Porto Velho, temos dois nomes em evidente crescimento político. A vereadora Sófia Andrade (PL), com mais de 3,3 mil votos nas eleições de 2024, tem se destacado nos poucos meses de vereança pela coerência e cobranças. Certamente é um nome com enormes condições de chegar à Câmara Federal no próximo ano.

O deputado federal Fernando Máximo (União), o mais bem votado nas eleições de 2022 (85.596 votos), trabalha uma candidatura a governador. Talvez tenha que mudar de partido, pois era nome certo para concorrer à prefeitura em 2024, mas foi preterido, com o partido lançando a ex-deputada federal Mariana Carvalho (União), que venceu o primeiro turno e foi derrotada por Léo Moraes (Podemos) no segundo, em eleição histórica.

Máximo é nome expressivo para concorrer à sucessão estadual no próximo ano. Também há possibilidade de entrar na disputa por uma das duas vagas ao Senado. É uma liderança emergente na política regional.

No interior, as lideranças com força eleitoral para alcançar patamares mais elevados na política são muitas. Ji-Paraná, segundo maior município do Estado, com cerca de 100 mil eleitores, tem vários nomes de direita em condições de concorrer e com amplas possibilidades de sucesso.

O prefeito Affonso Cândido (PL) venceu a eleição de 2024, quando todas as pesquisas apontavam o ex-prefeito Isaú Fonseca (União) como favorito. Talvez não enfrente as urnas em 2026, pois precisaria renunciar para concorrer a qualquer cargo que estará em disputa. Como é jovem, poderá buscar a reeleição em 2028 e, em 2030, concorrer ao Senado, à Câmara Federal ou ao governo estadual.

Ji-Paraná já teve um governador: José Bianco, ex-prefeito, ex-deputado estadual, ex-presidente da Assembleia Legislativa (ALE) e ex-senador.

A deputada federal Sílvia Cristina (PP) tem planos mais ousados para o próximo ano, após passar pela vereança em Ji-Paraná. Está em seu segundo mandato consecutivo na Câmara Federal. Ela preside o PP no Estado e articula uma candidatura ao Senado em 2026. É um nome expressivo para uma das oito vagas na Câmara Alta.

Ji-Paraná é realmente uma força política da direita no Estado. O pecuarista Bruno Scheid é o nome de Bolsonaro para concorrer ao Senado. Isso assegura que o senador Marcos Rogério, presidente do PL no Estado, não concorrerá à reeleição, mas sim ao governo estadual em 2026. Não é um emergente na política, apesar de jovem, pois já passou pela vereança em Ji-Paraná, Câmara Federal e atualmente está no Senado.

O senador Jaime Bagattoli está em seu primeiro mandato. Não exerceu nenhum cargo público eletivo antes de sua eleição ao Senado, em 2022, após uma disputa ferrenha com Mariana Carvalho, então deputada federal. Provavelmente disputará a reeleição, pois não se manifestou publicamente sobre seu futuro político. No entanto, está entre os nomes de políticos emergentes do Estado.

Fonte: Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica

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