
Ex-prefeito de Porto Velho defende inauguração da rodoviária, afirma que triplicou reservas do IPAM e contesta acusações sobre alagações
Porto Velho, RO – Em entrevista ao jornalista Robson Oliveira, no podcast Resenha Política, o ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), abordou temas que marcaram os debates sobre sua gestão, incluindo a entrega da nova rodoviária da capital, a situação financeira do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Município (IPAM) e as recorrentes alagações registradas em áreas urbanas da cidade. A conversa foi marcada por declarações diretas em tom de defesa da sua administração e críticas à atual gestão.
Sobre a nova rodoviária, cuja obra foi inaugurada no fim de 2023 mas ainda não está em funcionamento pleno, Hildon comparou o processo a uma reforma doméstica. “Quem aqui, quando você faz uma reforma numa casa ou constrói uma casa, tem uma hora que você tem que entrar na casa porque senão ela não termina”, disse. Segundo o ex-prefeito, o equipamento público estava praticamente pronto e as pendências seriam resolvidas com a continuidade dos serviços. “Mas tudo que você encontrar lá era o que já tinha”, completou.
Ele responsabilizou as empresas contratadas pelas paralisações posteriores. “As empresas abandonaram a obra. Isso vai gerar responsabilizações para o prefeito”, declarou, referindo-se ao atual chefe do Executivo municipal. Ainda sobre o tema, Chaves afirmou que tomou a decisão certa: “Hoje eu tenho certeza que fiz a coisa certa para o povo de Rondônia. Porque se ele não deu conta de terminar um pequeno detalhe, pequenos detalhes, minúsculos… Eu é [sic] prefeito, eu fiz a rodoviária inteira”.
Outro ponto destacado na entrevista foi a situação do IPAM. Hildon contestou informações que circularam recentemente sobre suposto desequilíbrio nas contas do instituto. “Quando eu assumi, em 2017, Robson, o IPAM tinha 300 milhões de reais na conta. Trezentos e pouco. Algo em torno de 340, 350 milhões era o que tinha”, afirmou. Segundo ele, ao deixar o cargo, os cofres do IPAM contavam com valores significativamente maiores: “Quando eu entreguei à prefeitura, três meses atrás, o IPAM tinha um bilhão e alguma coisa na conta. Eu tripliquei as reservas”.
Em tom direto, o ex-prefeito ainda mandou um recado ao seu sucessor. “Caríssimo prefeito Léo Moraes, arregasse as mangas e faça a mesma coisa. Triplique também”, provocou.
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