
Brasil está importando toneladas de cebola da Argentina e do Chile
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Porto Velho, RO - A redução nas roças de cebola em regiões como o Cerrado e Nordeste está provocando um significativo aumento das importações do produto e, com isso, uma alta nos preços. Em março, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) verificou um aumento no preço da cebola em 11 centrais de abastecimentos em diferentes regiões do Brasil e a alta foi de 11,4% em relação ao mês de fevereiro e, de acordo com o levantamento da Conab, isso ocorreu principalmente pelo aumento nas importações, cinco vezes acima da média, um volume que chega a 20 mil toneladas. Em fevereiro, as importações totalizaram 3,4 mil toneladas.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a Argentina foi o maior exportador de cebola para o Brasil em março deste ano, com quase 58% do total importado, seguida do Chile, com 42%. Técnicos da equipe Hortifrúti/Cepea mostraram que esses países têm muito produto armazenado, com possibilidade de continuar abastecendo o Brasil.
"Em um mercado instável e com grandes volumes de importação, o Brasil enfrenta um cenário desafiador, reflexo direto da dinâmica global de oferta e demanda. Esse contexto exige uma adaptação estratégica contínua para garantir a sustentabilidade e o equilíbrio do setor agrícola nacional, com manejo tático e máximo de proteção ao cultivo”, afirma o engenheiro agrônomo especialista em Desenvolvimento de Mercado da Ascenza Brasil, José Rodolfo Forte.
No ano passado, o Brasil já havia importado 257,4 mil toneladas de cebola, alta de 92% em relação ao ano anterior. Mesmo com o aumento de 44% previsto para a safra nacional de 2024/2025, estimada em 127,6 mil toneladas do vegetal, conforme a Conab, as importações devem continuar aquecidas.
Para este ano, a expectativa é de redução na área plantada com cebola, especialmente no Cerrado e no Nordeste, devido à expectativa de uma boa safra no Sul, aponta o Cepea. Mesmo com a elevada oferta de cebolas em Santa Catarina, nas cidades de Ituporanga e Lebon Régis, a qualidade dos produtos foi comprometida pelo calor de fevereiro e março e a expectativa de que os estoques durassem até meados de maio e início de junho não deve se concretizar, conforme o Cepea
Em Santa Catarina, os compradores estão optando pelas cebolas estrangeiras, principalmente da Argentina e Chile, de boa qualidade. Essas muitas variações na oferta interna e condições do mercado internacional influenciam diretamente o mercado brasileiro.
Saiba tudo sobe a produção de cebola
A cebola é uma das hortaliças mais importantes do mundo e tem sido cultivada há pelo menos 5 mil anos. No Brasil, o seu cultivo apresenta importância econômica e social. Estima-se que 70% da cebolicultura brasileira seja proveniente da agricultura familiar, principalmente nas regiões Sul e Nordeste.
No Brasil, são cultivadas diversas variedades de cebola adaptadas às diferentes regiões do país, e a escolha da variedade depende de critérios como região e clima, época de plantio, finalidade (consumo fresco, processamento e armazenagem) e resistência a doenças.
As principais variedades podem ser divididas em dois grupos principais: variedades comerciais (híbridas e melhoradas) e variedades tradicionais e crioulas. Entre as variedades comerciais de dias curtos destacam-se a Optima, Bella Dura, IPA 11, Brisa, Vale Ouro IPA-11, Granex 33 e Texas Grano 502 PRR.
"Em um mercado instável e com grandes volumes de importação, o Brasil enfrenta um cenário desafiador, reflexo direto da dinâmica global de oferta e demanda. Esse contexto exige uma adaptação estratégica contínua para garantir a sustentabilidade e o equilíbrio do setor agrícola nacional, com manejo tático e máximo de proteção ao cultivo”, afirma o engenheiro agrônomo especialista em Desenvolvimento de Mercado da Ascenza Brasil, José Rodolfo Forte.
No ano passado, o Brasil já havia importado 257,4 mil toneladas de cebola, alta de 92% em relação ao ano anterior. Mesmo com o aumento de 44% previsto para a safra nacional de 2024/2025, estimada em 127,6 mil toneladas do vegetal, conforme a Conab, as importações devem continuar aquecidas.
Para este ano, a expectativa é de redução na área plantada com cebola, especialmente no Cerrado e no Nordeste, devido à expectativa de uma boa safra no Sul, aponta o Cepea. Mesmo com a elevada oferta de cebolas em Santa Catarina, nas cidades de Ituporanga e Lebon Régis, a qualidade dos produtos foi comprometida pelo calor de fevereiro e março e a expectativa de que os estoques durassem até meados de maio e início de junho não deve se concretizar, conforme o Cepea
Em Santa Catarina, os compradores estão optando pelas cebolas estrangeiras, principalmente da Argentina e Chile, de boa qualidade. Essas muitas variações na oferta interna e condições do mercado internacional influenciam diretamente o mercado brasileiro.
Saiba tudo sobe a produção de cebola
A cebola é uma das hortaliças mais importantes do mundo e tem sido cultivada há pelo menos 5 mil anos. No Brasil, o seu cultivo apresenta importância econômica e social. Estima-se que 70% da cebolicultura brasileira seja proveniente da agricultura familiar, principalmente nas regiões Sul e Nordeste.
No Brasil, são cultivadas diversas variedades de cebola adaptadas às diferentes regiões do país, e a escolha da variedade depende de critérios como região e clima, época de plantio, finalidade (consumo fresco, processamento e armazenagem) e resistência a doenças.
As principais variedades podem ser divididas em dois grupos principais: variedades comerciais (híbridas e melhoradas) e variedades tradicionais e crioulas. Entre as variedades comerciais de dias curtos destacam-se a Optima, Bella Dura, IPA 11, Brisa, Vale Ouro IPA-11, Granex 33 e Texas Grano 502 PRR.
Segundo o Centro Paulista de Estudos Agropecuários (CPEA), a cebola é uma cultura de alto rendimento e tem um ciclo de crescimento relativamente curto, geralmente entre 90 e 150 dias, dependendo da variedade e das condições climáticas. Isso permite aos agricultores promover rodízio de culturas e maximizar o uso das terras ao longo do ano. Mas o cultivo da cebola também enfrenta desafios, como pragas e doenças.
Alguns dos principais patógenos que afetam as cebolas são o míldio, mancha-púrpura, queima-das-pontas, podridão-branca e fusariose. As pragas mais comuns são trips, mosca-da-cebola, lagarta-rosca e ácaros. A boas práticas de manejo incluem rotação de culturas com gramíneas como milho ou braquiária, uso de cultivares resistentes e tolerantes, irrigação controlada sem excesso de umidade, monitoramento frequente da lavoura e manejo integrado de pragas e doenças. O monitoramento e manejo Integrado, que inclui o uso de métodos de controle biológico, orgânico e químico, é essencial para proteger as plantações de cebolas.
Alguns dos principais patógenos que afetam as cebolas são o míldio, mancha-púrpura, queima-das-pontas, podridão-branca e fusariose. As pragas mais comuns são trips, mosca-da-cebola, lagarta-rosca e ácaros. A boas práticas de manejo incluem rotação de culturas com gramíneas como milho ou braquiária, uso de cultivares resistentes e tolerantes, irrigação controlada sem excesso de umidade, monitoramento frequente da lavoura e manejo integrado de pragas e doenças. O monitoramento e manejo Integrado, que inclui o uso de métodos de controle biológico, orgânico e químico, é essencial para proteger as plantações de cebolas.
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