
O presidente da Câmara, Hugo Motta, esqueceu sua posição contrária ao aumento de impostos - Foto: Ag.Camara. contra
Porto Velho, RO - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, impôs aos líderes do Congresso o aumento de impostos para compensar o desequilíbrio provocado pelos gastos sem controle do governo Lula (PT). Não se falou em cortar despesas, no máximo em “rever” isenções fiscais.
A reunião era para discutir a suspensão do decreto do IOF, proposta por mais de duas dezenas de projetos de deputados e senadores.
Sobre corte de gastos, “não houve consenso” sobre supersalários, que continuam intocáveis: afinal participaram da reunião alguns dos principais beneficiados pela política formadora de “marajás” no serviço público.
Em resumo, vem aí mais impostos:Agora haverá punição, com a cobrança de imposto de renda, de quem investe no financiamento do crédito imobiliário e crédito agrícols. Assim, a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), passarão a ter cobrança de 5% de IR.
As plataformas de apostas online (bets) terão um aumento da chamada GGR (Gross Gaming Revenue) de 12% para 18%.
As fintechs, que atualmente pagam alíquotas de 9%, 15% ou 20% de CSLL (Contribuição sobre o Lucro Líquido), passarão a pagar 15% ou 20%, assim como os bancos tradicionais.
As isenções tributárias infra constitucionais serão revistas nos próximos dias. Motta disse que Haddad estimou essas isenções em R$ 800 bilhões por ano.
Os gastos do governo continuam intocáveis.
O desfecho da reunião, na noite deste domingo (8), frustrou a expectativa gerada pelos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, após declarações de ambos contra repulsa essa lógica. “Ninguém agüenta mais aumento de impostos”, chegou a afirmar Motta, que, ontem, não voltou a mencionar isso.
Fonte: Por Cláudio Humberto
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