Federação União-PP redesenha o cenário político de Rondônia

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Federação União-PP redesenha o cenário político de Rondônia



Porto Velho, RO  - As eleições gerais de outubro de 2026 estão a pouco mais de 14 meses e já movimentam intensamente os bastidores da política em Rondônia. O tema do momento é a fusão entre União Brasil e PP, partidos presididos no Estado pelo ex-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, e pela deputada federal Sílvia Cristina, respectivamente. Quatro nomes já se destacam como fortes pré-candidatos ao governo estadual no próximo ano.

Nos últimos dias, a fusão nacional entre União Brasil e PP tem sido o principal assunto político. A nova Federação já teria definido Sérgio Gonçalves (UB), atual vice-governador, como pré-candidato ao governo. O presidente nacional do partido, Antônio Rueda, confirmou em rede nacional que Sérgio será o nome para disputar o Palácio Rio Madeira.

O deputado federal Maurício Carvalho também anunciou que, com a união entre União Brasil e PP, sua irmã, a ex-deputada federal Mariana Carvalho, será candidata a uma das duas vagas no Senado.

Sílvia Cristina, que preside os Progressistas em Rondônia, mantém-se como pré-candidata ao Senado desde sua expressiva reeleição em 2022 e já atua há tempo em sua pré-campanha. Com a nova Federação, a possibilidade de duas candidatas ao Senado pelo mesmo grupo se apresenta como um cenário incomum, mas viável, considerando o peso eleitoral de ambas. Tanto Sílvia quanto Mariana têm histórico de votações expressivas e poderiam, inclusive, figurar na disputa pelo governo do Estado com chances concretas de sucesso.

Outro ponto em debate é o futuro político do governador Marcos Rocha (UB), que também se coloca como pré-candidato ao Senado. A União Progressista, como será chamada a nova Federação, poderá ter três candidatos para duas vagas na Casa Alta?

Na corrida pelo governo, além de Sérgio Gonçalves, o deputado federal Fernando Máximo (UB), o mais votado em 2022 com 85.596 votos, articula sua candidatura. Para viabilizar o projeto, busca um vice do interior.

Entretanto, Máximo dificilmente permanecerá no grupo União-PP. Em 2024, foi preterido na disputa pela prefeitura de Porto Velho, quando o partido optou por apoiar Mariana Carvalho. Ela venceu no primeiro turno, mas perdeu no segundo para Léo Moraes (Podemos), hoje presidente estadual do partido. Máximo apoiou Léo abertamente, e há quem aposte que ele será o candidato do Podemos ao governo em 2026.

Outro nome em destaque é o ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), que aparece bem nas pesquisas e deixou a prefeitura após dois mandatos com mais de 80% de aprovação popular. Na Capital, sua aceitação é alta; por isso, a escolha de um vice do interior será estratégica.

No interior, Adailton Fúria (PSD), prefeito de Cacoal, surge como forte concorrente. Reeleito com mais de 80% dos votos válidos, ele é hoje o principal nome fora da Capital com potencial para disputar o governo. Cacoal é o quarto maior colégio eleitoral do Estado e uma região politicamente influente, com três deputados estaduais. Se Fúria conseguir apoio expressivo em Porto Velho, pode consolidar seu projeto.

Historicamente, Rondônia tem tradição em eleger governadores do interior. Desde Valdir Raupp (MDB), eleito em 1994 por Rolim de Moura, a Capital só voltou a emplacar um governador em 2018, com Marcos Rocha (PSL), reeleito em 2022. Antes de Rocha, o comando do Estado esteve nas mãos de José Bianco (PFL – Ji-Paraná), Ivo Cassol (PSDB – Rolim de Moura) e Confúcio Moura (MDB – Ariquemes), todos com forte base no interior.

O futuro governador de Rondônia será de Porto Velho ou do interior?

Fonte: Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica

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