
Palácios governamentais em Katmandu foram incendiados pela população revoltada com a censura e mortes violentas - Foto: redes sociais.
Porto Velho, RO - Repressão violenta que provocou 19 mortes, durante protestos contra censura imposta pelo governo do Nepal, que bloqueou o acesso dos cidadãos às redes sociais a pretexto de “combater fake news”, enfureceu a população que reagiu incendiando o palácio residencial do ex-primeiro-ministro Jhala Nath Khanal, provocando queimaduras graves em sua esposa, Ravi Laxmi Chitrakar, levada a um hospital. Khanal renunciou ao cargo nesta segunda-feira (8).
Os manifestantes também tocaram fogo nas residências de Oli, de outros dois ex-premiês e do ministro do Interior, Ramesh Lekhak, que assumiu a responsabilidade moral pelas 19 mortes e renunciou ao cargo na segunda. Delegacias de polícia e prédios ministeriais também foram incendiados. Os protestos continuaram mesmo após a renúncia do líder do país e a revogação da censura às redes sociais.
Os chefes das principais agências de segurança do Nepal, incluindo o chefe do exército, emitiram uma declaração conjunta apelando à moderação e conclamando os partidos políticos a encontrarem uma saída pacífica para a crise. Os chefes militares pediram aos manifestantes que parem de saquear e atear fogo na capital, Katmandu, embora ainda seja incerto quem assumirá o comando do país.
Vídeos nas redes sociais exibiram imagens de ministros fugindo de helicóptero.
A censura às principais plataformas de mídia social, como WhatsApp e Instagram, provocou os protestos que. foram reprimidos com violência e provocando a morte de 19 manifestantes e ferindo centenas. As forças de repressão utilizaram munição real, balas de borracha e canhões de água contra a população.
Fonte: DP Redação
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