Caso Filipe Martins: a fraude que desmascara o Regime PT-STF

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Caso Filipe Martins: a fraude que desmascara o Regime PT-STF

Mesmo após os EUA confirmarem que Filipe Martins não entrou no país, Alexandre de Moraes mantém o cerco: a PF agora pede nova investigação. (Foto: Andre Borges/EFE)

Porto Velho, RO - “Que a mentira venha ao mundo. Que ela até triunfe — mas não por meio de mim.”
(Aleksandr Soljenítsin)

Contam que vivia em Atenas um homem chamado Diógenes, que andava pelas ruas com uma lanterna acesa em pleno dia e repetia sem cessar:
— Procuro o homem! Procuro o homem!

Naquela Atenas decadente e perniciosa — a Atenas que democraticamente matou Sócrates —, Diógenes vestia farrapos, morava em um barril e dormia na companhia de seus únicos amigos: os cães.

Mas qual era o homem que Diógenes procurava? O mais raro de todos: o homem honesto, que amava a verdade e não se deixara corromper pela pólis decadente.

Os tiranos que governam o Brasil jamais esperariam encontrar o homem procurado por Diógenes há 2.400 anos. Mas o fato é que hoje eles o conhecem — e esse homem se tornou um grande problema. Seu nome é Filipe Martins.

Eles prenderam Filipe com base em uma mentira vagabunda. Ato contínuo, sem que sua família ou seus advogados soubessem, lançaram-no em uma cela fétida, escura e com marcas de sangue. O objetivo era transformá-lo em delator, tirando-o do inferno em troca de informações falsas.

Filipe não sucumbiu à tortura. Disse:
— Não vou delatar porque não há o que ser delatado. Prefiro sofrer uma injustiça a cometer uma injustiça.

Seus algozes não sabiam, mas ele estava citando uma frase de Sócrates — aquele que a democracia matou.

Por seis meses, os tiranos ignoraram todas as provas de que Filipe nunca fizera a tal viagem (uma viagem que não seria crime, caso a houvesse feito). Quando perceberam que a coisa estava ficando feia demais até para os padrões do regime, deram-lhe uma liberdade de escravo: foi-lhe permitido sair da prisão, mas continuou proibido de falar, pensar e viver.

Mas a cela de Filipe Martins não era apenas o lugar de uma injustiça. Era um presépio invertido, onde o poder tentou esconder a verdade como se fosse lixo. O que eles não sabiam é que, em sua pressa para oprimir, haviam improvisado, sem querer, um altar para a verdade.

Ali, entre o mofo e o medo, revelou-se um homem que não se vende. Ali, onde esperavam encontrar um delator, encontraram um justo. E, assim como o estábulo de Belém abrigou o Verbo, aquela cela abrigou o silêncio mais perigoso do mundo: o silêncio de quem não trai.

Agora, os tiranos decidiram reescrever a narrativa, atribuindo ao próprio Filipe a autoria da farsa que foi criada para colocá-lo na prisão.

E mais: o Imperador Calvo afirma que vai indiciar todos os que colocarem em dúvida essa versão estapafúrdia, criada às pressas para livrar a cara dos jagunços do sistema. Ai do jornalista, do advogado e do influenciador que ousar apontar a farsa!

Diógenes, se ainda estivesse entre nós, andaria hoje pela Esplanada com sua lanterna acesa ao meio-dia. Passaria pelos palácios de vidro fumê, pela padaria distópica da esquina do STF, pelas redações assépticas — e não encontraria ninguém. Ou melhor: encontraria a decência e a honradez de Filipe. E se retiraria em silêncio.

A lanterna de Diógenes ainda queima. Mas a luz agora incomoda os cegos voluntários. Se pudessem, os tiranos matariam Filipe, assim como a democracia ateniense matou Sócrates.

No ninho de víboras da política brasileira, Filipe provou ser o que ninguém esperava achar: um homem bom, um homem inocente, um homem de verdade. O indivíduo procurado por Diógenes se tornou incômodo demais para o sistema

O caso Filipe Martins é aquela falha, aquela rachadura, aquele sinal de que uma grande desgraça está por vir sobre todos — apontada por Auden em seus versos de 1938: “E a xícara abre uma fenda / Que desce até o inferno”. Os tiranos sabem que, desmontada a farsa em torno de Filipe, todo o edifício de mentiras do regime cairá por terra.

A omissão da mídia, dos cristãos, da classe jurídica e de grande parte da direita em relação a Filipe Martins é um silêncio suicida, que cobrará um altíssimo preço de todos nós.

Esse homem inocente lançado em uma cela escura é a imagem do Brasil que a esquerda prepara para seus inimigos. Se o deixarmos às víboras, seremos também lançados a elas. Mas talvez ainda haja tempo — se ao menos reconhecermos o que está diante dos nossos olhos.

Fonte: Por Paulo Briguet

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