ONU alertou governo Lula sobre riscos uma semana antes

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ONU alertou governo Lula sobre riscos uma semana antes


Presidente Lula (PT) na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA). (Foto: Ricardo Stuckert).


Porto Velho, RO - Uma semana antes do incêndio que atingiu a Zona Azul da COP30 nesta quinta-feira (20), a Organização das Nações Unidas (ONU) enviou um alerta formal ao governo Lula (PT) sobre falhas de segurança e problemas de infraestrutura no local da conferência.

A informação foi revelada em uma carta enviada em 12 de novembro pelo secretário-executivo da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima (UNFCCC), Simon Stiell, ao presidente da COP30, André Corrêa do Lago, e ao ministro da Casa Civil, Rui Costa.

O documento, antecipado pelo portal Bloomberg, aponta uma série de vulnerabilidades que colocavam em risco a integridade física de delegados, funcionários e visitantes da conferência.

Entre os problemas listados estavam portas sem segurança, efetivo de vigilância insuficiente e incertezas sobre como as autoridades federais e estaduais reagiriam a possíveis invasões, mesmo com acordos de segurança firmados previamente com o Brasil.

Para Stiell, as falhas representavam “grave violação da estrutura de segurança estabelecida”.

Na mesma carta, o chefe da UNFCCC relatou um episódio ocorrido na noite de 11 de novembro, quando cerca de 150 manifestantes forçaram a entrada no espaço da conferência, provocando danos materiais e ferindo agentes de segurança.

Segundo Stiell, apesar da presença das forças de segurança e de uma estrutura de comando no local, “elas falharam em agir”, agravando os riscos.

O texto também menciona que, segundo informações recebidas pela ONU, o gabinete de Lula teria orientado a Polícia Federal (PF) a não intervir para dispersar os manifestantes.
Infraestrutura precária e riscos elétricos

Além dos problemas de segurança, a ONU alertou para condições inadequadas de infraestrutura. Stiell citou temperaturas extremas nos pavilhões e sistemas de ar condicionado inoperantes ou ainda não instalados, o que já teria provocado “casos de problemas de saúde relacionados ao calor” entre participantes da conferência.

As fortes chuvas em Belém também agravaram a situação. A ONU registrou goteiras, vazamentos e infiltrações no teto e nas luminárias, criando “possíveis riscos à segurança devido à exposição à eletricidade”.

Fonte: Por Mael Vale

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