Há diferença na relação dos pais com o filho mais velho, o do meio e o caçula?

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Há diferença na relação dos pais com o filho mais velho, o do meio e o caçula?


O mais velho parece ser mais responsável, o caçula é considerado mimado, já o filho do meio parece meio “perdido”. Será isso mesmo?| Foto: Bigstock


Porto Velho, RO
- É comum ouvir que os pais amam os filhos de maneira igual, porém o relacionamento pode ser distinto com cada um deles. Afinal, as características e personalidades de cada filho são diferentes. Um pode ser mais tímido e o outro mais extrovertido. Um gostar de comida doce e outro mais de salgado e por aí vai.

Por outro lado, existem também alguns consensos sobre o relacionamento entre pais e filhos. Enquanto o mais velho costuma ter a fama de ser o mais cobrado pelos pais para ter responsabilidade, o caçula é considerado o mimado da família. Já o filho do meio pode parecer meio “perdido”. E será que é isso mesmo? Essas famosas brincadeiras que, geralmente, as pessoas utilizam para apresentar as diferenças entre os irmãos pode ser explicada.

Comportamento e temperamento

A doutora em psicologia do desenvolvimento e aprendizagem, Alessandra Falcão, explica que cada filho tem um repertório comportamental e um temperamento. Portanto, cada um se comporta de maneira diferente diante de situações semelhantes.

“Assim os pais podem, diante dos comportamentos apresentados, ter uma maior admiração por um dos filhos ou maior preocupação pelo outro. Não necessariamente o primogênito seja o líder, isso dependerá da maneira como os pais criaram regras e lidaram com cada um”. O primogênito pode, por exemplo, não ser tão disciplinado, o do meio ser o mimado e o caçula ser o mais responsável.

A empreendedora Elaine Wisnievski é mãe de três: Leonardo, de 20 anos, Alice, de 11 e Nicolas, de 7. Para ela, a diferença entre os filhos é considerada normal. “Cada idade exige que os diálogos sejam diferentes. Logo o relacionamento naturalmente se torna bastante diferenciado”.

Ela busca exigir de cada um conforme as necessidades do período. Dessa forma, com o mais velho cobra a participação familiar, notas na faculdade e compromisso com o trabalho. Com a Alice, ela exige responsabilidade na escola. Já com o mais novo, Elaine busca a disciplina e impor alguns limites.

Explicando... mas sem regras

Segundo Alessandra, normalmente, os pais são mais rígidos com o primeiro filho pela falta de experiência. Além disso, os pais conseguem ter uma maior disponibilidade de tempo com o primogênito, pois ainda não há outros filhos. “Os cuidados são maiores, existe o medo de machucar e de não fazer certo. Com a chegada do segundo filho tudo flui de maneira mais tranquila. A experiência é nova, porém já se é experiente. As regras se tornam mais flexíveis e o tempo tem que ser dividido”, destaca. No entanto, a especialista diz não existir regra, afinal cada filho é único, assim como o pai e a mãe.

Elaine acredita ser um desafio educar os filhos, já que cada um tem necessidades tão distintas. “Com bastante conversa individual, ouço cada um, ajusto suas queixas, suas necessidades e tento cobrar, sem excessos, para que cada um nunca se esqueça que é um indivíduo com qualidades e defeitos”.

Um olhar amoroso e único para cada um

Apesar das famosas brincadeiras com o mais novo ser o super protegido, a regra pode não ser essa. Segundo a psicóloga Maria Cristina, às vezes a proteção maior vai para o filho diferente, ou seja, para a única menina ou menino dentre os irmãos. “Os pais precisam entender que cada filho é diferente. Educar bem o filho é atender a necessidade de cada um, pois diferem emocional e fisicamente. Precisa ter um olhar amoroso e único para cada um”, afirma a especialista.

Ter interesses semelhantes com algum dos genitores, uma deficiência física ou doença crônica são fatores que podem influenciar no relacionamento com os pais. Os caçulas podem ser mimados pelos próprios irmãos, dependendo da idade. Já quando um filho nasce com alguma enfermidade, por exemplo, isso exige uma maior dedicação e cuidado dos pais.

“O que podemos perceber é que existe amor para todos, mas existem afinidades, admirações e ligações diferentes, por conta da maneira como cada pai, mãe e filho se comportam nas diferentes situações vivenciadas”, finaliza Alessandra.

Fonte: Por Gabriele Bonat, especial para o Sempre Família


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