Ex-AGU de Bolsonaro será auxiliar de Moraes no TSE e pode ajudar a melhorar relação com o Planalto

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Ex-AGU de Bolsonaro será auxiliar de Moraes no TSE e pode ajudar a melhorar relação com o Planalto


José Levi durante a solenidade de posse como advogado-geral da União.| Foto: MArcello Casal Jr/Agência Bras

Porto Velho, RO
- O ministro Alexandre de Moraes terá como braço-direito, no comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Levi Mello do Amaral Junior – ex-advogado-geral da União durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Moraes toma posse nesta terça-feira (16) como presidente do TSE; e José Levi será o secretário-geral, que é um cargo diretamente ligado à presidência da Corte eleitoral.

Atual chefe de gabinete de Moraes, Levi tem características comuns com o ministro – tais como prestígio acadêmico, experiência na burocracia estatal e contatos políticos. Por outro lado, tem temperamento suave e é discreto e formal.

Como secretário-geral, a principal atribuição de Levi será executar a política institucional do presidente do TSE. Ele não assume o cargo na ausência de Moraes, papel que cabe ao vice – que, no caso, será o ministro Ricardo Lewandowski, que também integra o Supremo Tribunal Federal (STF). Mas, na prática, é o secretário-geral quem prepara e negocia termos de acordos travados pelo TSE na organização e na defesa das eleições, além de manter conversas com outros atores políticos e representantes dos demais poderes e instituições. Esse papel ganhou importância neste ano pelo fato de a Corte Eleitoral ter se tornado alvo de críticas de Bolsonaro, de seus aliados e de apoiadores.

Como José Levi integrou o primeiro escalão do governo Bolsonaro, como ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), entre 2020 e 2021, a expectativa é que ele seja a ponte entre Moraes e o governo. Foi ele, por exemplo, quem intermediou o encontro entre Moraes e Bolsonaro, na semana passada, no Palácio do Planalto, para a entrega do convite da cerimônia de posse no TSE. Na ocasião, Bolsonaro presenteou Moraes com uma camisa do Corinthians e disse que comparecerá ao evento, o que foi visto como um sinal de pacificação na relação entre os dois.

José Levi tem como principais contatos no governo o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ambos atuam como "bombeiros" na relação conflituosa de Bolsonaro com o TSE e o STF. Desde 2020, Bolsonaro acusa Moraes de perseguição em diversos inquéritos, e de conspirar junto com o atual presidente do TSE, Edson Fachin, e seu antecessor, Luís Roberto Barroso, para que ele perca a disputa eleitoral.

Fonte: Por Gazeta do Povo

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