
Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. (Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados).
Por Davi Soares
Porto Velho, RO - Foi cancelada pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados a reunião desta quarta-feira (7) que havia convocado a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
A chefe da política ambiental do governo de Lula (PT) seria questionada sobre o aumento de queimadas e de desmatamento na Amazônia, multas ambientais, sobre o impacto ambiental da realização da COP 30, em Belém (PA), e sobre o apoio ao acampamento Terra Livre – realizado em abril deste ano.
Sua convocação foi aprovada pela comissão a pedido dos deputados Evair Vieira de Melo (PP-ES) e Rodolfo Nogueira (PL-MS). E ainda não há marcação de uma nova data para a audiência.
Questionamentos
O deputado Evair Vieira de Melo pretende expor contradições como a construção de uma rodovia de quatro pistas de 13 km de extensão, cortando uma área protegida da Amazônia, para receber a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30).
O parlamentar da bancada do agro cita preocupações com o impacto ambiental da rodovia, com desmatamento de áreas sensíveis e a fragmentação de habitats essenciais para a biodiversidade local.
“A ministra Marina Silva já se manifestou anteriormente sobre a necessidade de avaliações ambientais rigorosas para projetos de infraestrutura na Amazônia”, afirmou Evair de Melo.
O deputado Rodolfo Nogueira quer entender se Marina Silva estava envolvida ou fomentando a ação de indígenas que participavam da marcha Acampamento Terra Livre, em que houve tentativa de invadir o Congresso Nacional.
Além de buscar que a ministra explique suas medidas para mitigar os incêndios ambientais que o parlamentar alerta ter quebrado recorde em 2024, quando o Brasil registrou 278.229 focos de incêndio, segundo os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, citados pelo deputado.
O deputado denuncia o crescimento foi de 46% em relação a 2023, no maior patamar desde 2010. Além da degradação da Amazônia Legal, que cresceu 482% em 2025, avaliada pelo deputado Rodolfo Nogueira como ponto central que reforça a necessidade da presença de Marina Silva para esclarecimentos.
O recorde de arrecadação do Ibama com multas ambientais, que fez órgão federal ser chamado de “máquina de punições” por Rodolfo Nogueira, é outro ponto crítico que justificaria a urgência para convocação de Marina, que acabou sendo adiada. (Com Agência Câmara de Notícias)
0 Comentários