Pedido de tornozeleira para Lula levou 1.102 dias

Editors Choice

3/recent/post-list

Geral

3/GERAL/post-list

Mundo

3/Mundo/post-list
NASA RO

Pedido de tornozeleira para Lula levou 1.102 dias


O pedido de tornozeleira eletrônica para Lula, por exemplo, só ocorreu 1.102 dias após o então juiz da Lava Jato Sérgio Moro aceitar a denúncia contra o petista

Por Cláudio Humberto


Chama atenção a agilidade de tramitação dos processos envolvendo o Lula, ou falta dela, em comparação com as rapidíssimas decisões contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido de tornozeleira eletrônica para Lula, por exemplo, só ocorreu 1.102 dias após o então juiz da Lava Jato Sérgio Moro aceitar a denúncia contra o petista, que até foi condenado e cumpriu pena na bandalheira da Petrobras. Com Bolsonaro, o Supremo Tribunal Federal levou apenas 53 dias.

Olho no calendário
A denúncia contra Lula na Lava Jato foi aceita por Moro em 20 de setembro de 2016. A tornozeleira só foi cogitada em setembro de 2019.

Condição do MPF
Procuradores da Lava Jato recomendaram tornozeleira como condição para o petista, que estava no xilindró, tivesse progressão de regime.

Tudo estranho
A tornozeleira para Bolsonaro ocorre em um processo que ele nem mesmo é o principal envolvido, mas sim o filho Eduardo Bolsonaro.

Mudança na beca
Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula, dizia que o uso do aparelho era humilhante. Como ministro do STF, apoiou seu uso em Bolsonaro.


Ministro Alexandre de Moraes - Foto: Rosinei Coutinho/STF.

Pior que perder visto é virar alvo da Lei Magnitsky
Mais grave que o cancelamento do visto de entrada nos Estados Unidos, que o governo de Donald Trump impôs a Alexandre de Mores e seus aliados e familiares próximos no Supremo Tribunal Federal (STF), será a imposição de sanções previstas na Lei Magnitsky, que está em vigor desde o governo de Barack Obama. Já aplicada em vários casos, a Lei Magnitsky prevê sanções como bloqueio de bens (“asset freeze”), sejam imóveis ou ativos financeiros nos EUA e países aliados.

Mundo afora
Países da União Europeia, Canadá, Reino Unido e Austrália, em alguns casos, adotam automaticamente a punição de alvos da Lei Magnitsky.

Isolamento
Com o bloqueio, cidadãos e empresas desses países não podem fazer negócios com o sancionado, como contratar serviços ou abrir contas.

Situação difícil
Bancos globais bloqueiam transações e até empresas aéreas recusam venda de passagens a sancionados, para evitar punições.


Poder sem Pudor

O general inconfiável

Após deixar a presidência, Ernesto Geisel soube que sua própria segurança estivera envolvida em conspiração para seu assassinato. O general que extinguiu o AI-5 reagiu com bom humor, assim como o general Golbery do Couto e Silva. O então chefe da Casa Civil contou a Elio Gaspari, em “A Ditadura Encurralada” (Cia das Letras, SP, 525 pp, R$ 56), por que jamais confiou no chefe da segurança de Geisel, tenente-coronel Germano Arnoldi Pedrozo: “...ele, depois de um dia de trabalho, ia para casa e ficava meia hora plantando bananeira, numa posição de ioga. Eu não confio em gente que faz essas coisas.”

Tragédia no horizonte
Pertencem a brasileiros muitas, quase todas, as cerca de 6,5 mil empresas americanas que dependem das nossas exportações. São empreendedores que comercializam e distribuem o “made in Brasil”.

Amigo Supremo
O governo Lula já se prepara para colher os louros da canetada amiga do STF que restabeleceu o aumento do IOF. Na terça (22), divulgará relatório com revisão para baixo do contingenciamento do 

Orçamento.
Só milagre
O governo espera por um milagre para conseguir o fim da isenção de LCIs e LCAs. A quase impossível aprovação ficou ainda mais difícil após Lula vetar o aumento no número de deputados.

Fingindo-se de mortos
Tem sido constrangedora a omissão dos presidentes do Senado e da Câmara, incapazes de defenderem as respectivas casas, após seguidas decisões do STF anulando decisões do Poder Legislativo.

Frase do dia

“Mostra mais uma vez o desserviço imoral do STF aos brasileiros”

Deputado Evair de Melo (PP-ES) sobre a anulação das ações contra Alberto Youssef, réu confesso da Lava Jato

A caminho do saco

Se produtores e exportadores brasileiros estavam à beira de um ataque de nervos, agora perderam as esperanças até mesmo de ver suas atividades sobreviverem, após a fala de Lula em rede de rádio e TV.

Aqui, já era
O deputado Filipe Barros (PL-PR) chama de perseguição o que ocorre contra Jair Bolsonaro. Quer denunciar o caso mundo afora, em todos os organismos de justiça e direitos humanos.

Fogo de palha
Demorou nada perícia no pendrive apreendido na casa de Bolsonaro. O laudo ficou pronto no mesmo dia. O ex-presidente disse que nunca abriu um na vida. Pela agilidade, tem tudo para não ser nada.

Pauta mantida
Está prevista para terça-feira (22) reunião da Comissão de Segurança Pública da Câmara, apesar do recesso parlamentar. O colegiado só tem um item na pauta: moção de solidariedade a Jair Bolsonaro

Pensando bem...
...a Justiça é cega, mas parece que enxerga CPF.

Postar um comentário

0 Comentários