
Porto Velho, RO - Para comunistas e demais pregadores da revolução permanente, tanto a democracia quanto a soberania nacional são valores puramente instrumentais, úteis apenas enquanto servem ao avanço do projeto de poder. Foi sob essa ótica que o hoje descondenado-em-chefe, Luiz Inácio Lula da Silva, declarou, ainda nos tempos em que fingia subversão, que eleições não passavam de uma “farsa necessária para se chegar ao poder” – definição que faria corar de inveja seu camarada Nicolás Maduro. O mesmo raciocínio foi reiterado com cinismo cartesiano por José Dirceu, patrono do mensalão e do projeto de aparelhamento estatal, ao resumir em uma frase a essência do regime brasileiro contemporâneo: “Vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição”.
O princípio se aplica com igual vigor ao conceito de nação. A doutrina marxista-leninista sempre tratou a soberania nacional como um obstáculo à utopia igualitária internacional. A velha máxima da união dos proletários do mundo, que deveria obliterar toda lealdade ao solo natal, soçobrou quando os tanques da Primeira Guerra Mundial revelaram que o amor à pátria sobrepujava o abstrato amor de classe. Stalin, então, reescreveu o dogma e, com o pragmatismo herdado de Lenin, instituiu o “socialismo em um só país”, criando a ficção das nações “proletárias” contra as “burguesas”. Embora fingindo se afastar do stalinismo, Mao Tse-tung consagraria a ideia com outra síntese lapidar: “O marxismo tem de assumir uma forma nacional antes de poder ser aplicado”.
Esse nacionalismo instrumental, fundado na manipulação das massas sob pretexto de autodeterminação, é o mesmo que hoje inspira a pantomima patriótica do lulopetismo. Em reação às tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil, Gleisi Hoffmann, a secretária-geral do anacronismo latino-americano, teve um acesso de amor ao país e acusou o presidente americano de interferência na “soberania nacional”. Um termo que, nos lábios de revolucionários de grife, é tão verdadeiro quanto a promessa de fidelidade feita por um Casanova. Afinal, estamos falando do mesmo partido que entregou a infraestrutura estratégica do país à China – a cuja “revolução” o descondenado-em-chefe teceu os mais melosos elogios –, cedeu o controle da Amazônia a ONGs estrangeiras, e assinou com entusiasmo todos os documentos que transferem decisões nacionais a fóruns multilaterais.
Não se grita “soberania” para preservar a liberdade do povo brasileiro, mas para blindar um poder que teme a verdade – sobretudo quando ela vem de fora
O grande timoneiro de Garanhuns, em particular, jamais escondeu seu desprezo pela soberania como conceito político. Em 2021, ainda em campanha, declarou que “precisava ter uma governança global, que seria possível através de um Conselho de Segurança da ONU mais forte, mais participativo, com mais gente, decidindo coletivamente o que fazer”. Reclamou que, mesmo após as decisões conjuntas no G-20, “a execução depende do Estado nacional e do Congresso de cada país”, o que, em sua visão, inviabilizaria a concretização dos desígnios do “mundo”. O remédio, para ele, seria um “novo modelo de governança global para que determinadas decisões sejam coletivas e implantadas por todos os países”.
Já como presidente, em 2023, reiterou o mesmo raciocínio. “Se nós não tivermos uma questão de governança global, que decida cuidar do planeta como uma coisa pertencente a todos nós […], vai continuar acontecendo que tomamos decisões maravilhosas, a nível internacional. Mas quando tentamos colocar em prática, dentro do nosso Estado nacional, muitas vezes o Congresso não aprova e as políticas não entram em vigor”. Não se trata, portanto, de um descuido retórico ou de um arroubo momentâneo. A ideia de que o Estado nacional deva ser superado por instâncias supranacionais é pedra angular do projeto lulopetista, caracterizando a nova aparência assumida pelo internacionalismo comunista do pós-Guerra Fria.
É à luz dessa ideologia que se deve compreender o uso grotesco e oportunista da palavra “soberania” para atacar a política de Trump. As tarifas impostas pelo presidente americano não foram motivadas por revanchismo comercial, mas por um juízo geopolítico claro: sob o consórcio STF-PT, o Brasil deixou de ser uma democracia confiável e tornou-se um apêndice de regimes totalitários. A aliança servil com a China, a presença diplomática vergonhosa na posse de Maduro, o silêncio cúmplice diante das execuções do regime iraniano (cujo programa nuclear foi ardorosamente defendido pelo descondenado) e a exportação do modelo censório do Judiciário brasileiro para a comunidade internacional – tudo isso justifica plenamente o gesto de Trump. Este foi, portanto, menos uma medida econômica do que um recado moral.
Já como presidente, em 2023, reiterou o mesmo raciocínio. “Se nós não tivermos uma questão de governança global, que decida cuidar do planeta como uma coisa pertencente a todos nós […], vai continuar acontecendo que tomamos decisões maravilhosas, a nível internacional. Mas quando tentamos colocar em prática, dentro do nosso Estado nacional, muitas vezes o Congresso não aprova e as políticas não entram em vigor”. Não se trata, portanto, de um descuido retórico ou de um arroubo momentâneo. A ideia de que o Estado nacional deva ser superado por instâncias supranacionais é pedra angular do projeto lulopetista, caracterizando a nova aparência assumida pelo internacionalismo comunista do pós-Guerra Fria.
É à luz dessa ideologia que se deve compreender o uso grotesco e oportunista da palavra “soberania” para atacar a política de Trump. As tarifas impostas pelo presidente americano não foram motivadas por revanchismo comercial, mas por um juízo geopolítico claro: sob o consórcio STF-PT, o Brasil deixou de ser uma democracia confiável e tornou-se um apêndice de regimes totalitários. A aliança servil com a China, a presença diplomática vergonhosa na posse de Maduro, o silêncio cúmplice diante das execuções do regime iraniano (cujo programa nuclear foi ardorosamente defendido pelo descondenado) e a exportação do modelo censório do Judiciário brasileiro para a comunidade internacional – tudo isso justifica plenamente o gesto de Trump. Este foi, portanto, menos uma medida econômica do que um recado moral.
Em vez de reconhecer o preço de sua reorientação ideológica, o lulopetismo preferiu dobrar a aposta na impostura patriótica. A soberania, outrora desprezada como resquício burguês, converteu-se, de uma hora para outra, em valor absoluto – desde que sirva para atacar o imperialismo “trumpista”. Os mesmos que entregam o Itamaraty a Pequim e as escolas à Unesco agora posam de nacionalistas feridos porque um presidente norte-americano tratou o Brasil como o que ele de fato se tornou: um satélite do Eixo totalitário formado por China, Rússia e Irã.
A consequência lógica desse fingimento é o completo descolamento entre discurso e realidade. O Brasil do consórcio STF-PT é um país sem autonomia econômica, submetido à chantagem ambientalista externa, censurado por ordem judicial e alinhado geopoliticamente com ditaduras. Seu sistema político é marcado por uma aristocracia togada que, sob o pretexto de “proteger a democracia”, atua como Partido Único informal. E ainda assim, diante de qualquer crítica vinda de fora, seus representantes vociferam em nome da independência nacional, como se ainda fossem herdeiros de 1822, e não da agenda globalista de Davos.
Em resumo, o que está em jogo não é a defesa do Brasil, mas do regime. Não se grita “soberania” para preservar a liberdade do povo brasileiro, mas para blindar um poder que teme a verdade – sobretudo quando ela vem de fora, com o selo do líder do assim chamado “mundo livre”, o presidente dos EUA. O lulopetismo defende a pátria como quem protege uma fachada. Por trás dela, está o verdadeiro projeto: a fusão do partido com o Estado, a submissão da política à tecnocracia global e a desconstrução progressiva dos pilares da ordem nacional. Se a soberania nacional dependesse do lulopetismo, já estaria leiloada na Bolsa de Xangai – com aval da ONU, endosso do STF e tradução simultânea para o mandarim.
Fonte: Por Flávio Gordon
A consequência lógica desse fingimento é o completo descolamento entre discurso e realidade. O Brasil do consórcio STF-PT é um país sem autonomia econômica, submetido à chantagem ambientalista externa, censurado por ordem judicial e alinhado geopoliticamente com ditaduras. Seu sistema político é marcado por uma aristocracia togada que, sob o pretexto de “proteger a democracia”, atua como Partido Único informal. E ainda assim, diante de qualquer crítica vinda de fora, seus representantes vociferam em nome da independência nacional, como se ainda fossem herdeiros de 1822, e não da agenda globalista de Davos.
Em resumo, o que está em jogo não é a defesa do Brasil, mas do regime. Não se grita “soberania” para preservar a liberdade do povo brasileiro, mas para blindar um poder que teme a verdade – sobretudo quando ela vem de fora, com o selo do líder do assim chamado “mundo livre”, o presidente dos EUA. O lulopetismo defende a pátria como quem protege uma fachada. Por trás dela, está o verdadeiro projeto: a fusão do partido com o Estado, a submissão da política à tecnocracia global e a desconstrução progressiva dos pilares da ordem nacional. Se a soberania nacional dependesse do lulopetismo, já estaria leiloada na Bolsa de Xangai – com aval da ONU, endosso do STF e tradução simultânea para o mandarim.
Fonte: Por Flávio Gordon
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