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Proximidade das eleições de 2026 traz autoridades políticas a Rondônia



Porto Velho, RO
- Um dos mais jovens estados brasileiros, com pouco mais de 40 anos de emancipação político-administrativa, Rondônia recebeu, nesta semana (sexta-feira, 8), o presidente Lula da Silva (PT). Não é a primeira vez que um presidente da República vem a Rondônia no exercício do mandato. Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, na inauguração da BR-364, e Dilma Rousseff também estiveram por aqui.

Mas o assunto na pauta de hoje é o ano eleitoral de outubro de 2026, quando serão reeleitos e eleitos presidente da República, governadores e respectivos vices; duas das três vagas ao Senado de cada estado e do Distrito Federal, além da Câmara Federal e Assembleias Legislativas. Apesar da força econômica na agricultura e na pecuária, crescente a cada ano na produção de grãos (soja, milho, café) e na exportação de carne bovina, pois é um estado livre de vacinação contra a febre aftosa, nem sempre recebe compensações em investimentos do Governo Federal.

A passagem do presidente Lula da Silva (PT) esta semana por Rondônia, inclusive anunciando recursos que chegam a R$ 1,4 bilhão, não é acaso. O estado é uma das poucas, senão a única, fronteira econômica brasileira em ascensão, sempre crescente.

Nas eleições presidenciais de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) somou votação expressiva no estado. Foram mais de 70% dos votos válidos para o candidato, na época, da situação. Hoje, seria um estado de oposição.

Os investimentos federais no estado não são favores, mas sim um retorno de direito, pois fomenta recursos à União com agricultura e pecuária fortes e crescentes.



As eleições gerais do próximo ano representam muito para quem hoje está no poder — no caso, o presidente Lula. Vencer ou reduzir a votação da direita em Rondônia em outubro do próximo ano é uma questão de ordem junto ao Governo Federal. Desde o fim do mandato (dois seguidos) do ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, o partido não consegue se fortalecer no estado. O partido está carente de lideranças.

O PT de Rondônia não tem representante no Congresso Nacional (Senado e Câmara) e na Assembleia Legislativa (ALE), contando apenas com a deputada Cláudia de Jesus, de Ji-Paraná. Entre os 52 prefeitos eleitos em 2022, nenhum deles é do PT; portanto, o partido precisa se ajustar no estado.

Hoje, o senador Confúcio Moura, que já foi prefeito de Ariquemes, deputado federal, governador (dois mandatos seguidos) e é um dos três senadores de Rondônia, é o nome político de oposição no estado. Confúcio preside o MDB regional e está fechado politicamente com Lula.

Na passagem do presidente da República por Rondônia, esta semana, Confúcio foi bem prestigiado nas aparições públicas. Ficou evidente que, nas eleições de 2026, PT e MDB deverão caminhar juntos, tendo Confúcio como candidato à sucessão estadual, pois ele não estaria disposto a uma reeleição ao Senado.

A passagem de Lula por Rondônia, liberando um pacote de obras — inclusive para o futuro Hospital Universitário da Universidade Federal de Rondônia (Unir) e a futura ponte ligando Guajará-Mirim a Guayaramerín, na Bolívia — não foi favor, muito menos presente, mas a contrapartida que o estado tem de direito por sua importância na economia nacional. Cabe ao presidente, no caso Lula, liberar os recursos, como ocorreu esta semana.

Um exemplo de busca pelo direito político do município é o do prefeito de Porto Velho, Léo Moraes, presidente regional do Podemos. Segundo dados do Governo Federal, proporcionalmente, a capital de Rondônia está entre os municípios brasileiros que mais apresentaram projetos em busca de recursos federais.

Recursos federais existem em grande volume, mas é preciso apresentar projetos bem formatados para que estados e municípios consigam acessá-los.

Após o recesso parlamentar (Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais) de julho, os políticos brasileiros abriram a campanha eleitoral de 2026, e a passagem positiva de Lula e seus ministros por Rondônia confirma a força econômica do estado, pois o futuro do país está concentrado no processo político-eleitoral de outubro do próximo ano.

Além do reforço econômico para o estado e municípios, a passagem de Lula e comitiva por Rondônia abriu o leque de oportunidades que Confúcio Moura necessitava para fortalecer sua provável caminhada rumo ao Governo do Estado, nas eleições do próximo ano. E, realmente, ele é o nome de maior potencial político-eleitoral do segmento de centro-esquerda no estado, que hoje conta com MDB e PT, mas provavelmente com adesão do PDT, presidido em Rondônia pelo ex-senador Acir Gurgacz.

Fonte: Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica

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