
Porto Velho, RO - Para assinar um acordo de paz com o governo ucraniano, o presidente russo, Vladimir Putin, vai exigir ficar com todo o Donbass (região no leste da Ucrânia), além de garantias de que o país vizinho não ingressará na Otan nem terá tropas Ocidentais em seu território.
As informações são da agência de notícias Reuters com base em fontes próximas ao alto escalão do governo russo.
Caso confirmadas, as exigências vão de encontro às condições que o presidente dos EUA, Donald Trump, vem afirmando ter conseguido após reunir-se no Alasca com Putin na semana passada.
Uma delas é o envio de tropas ocidentais ao território ucraniano após o fim da guerra; outra, a de que a Ucrânia ficará "com muito território" — o Donbass corresponde a cerca de metade das áreas atualmente ocupadas por tropas russas.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelesny, já afirmou que não abrirá mão do Donbass, porque isso também significará, segundo Zelensky, que Moscou seguirá tentando se expandir territorialmente até a Europa.
Segundo as fontes russas consultadas pela Reuters, Putin cedeu às demandas territoriais que apresentou em junho de 2024, que exigiam Dontesk e Luhansk – que compõem o Donbass – e Kherson e Zaporizhzhia, no sul.
Kiev rejeitou esses termos na ocasião por considerá-los equivalentes à rendição.
Em sua nova proposta, o presidente russo manteve sua exigência de que a Ucrânia se retirasse completamente das partes do Donbass que ainda controla, de acordo com as três fontes. Em troca, Moscou interromperia as atuais linhas de frente em Zaporizhzhia e Kherson, acrescentaram.
A Rússia controla cerca de 88% do Donbass e 73% de Zaporizhzhia e Kherson, de acordo com estimativas dos EUA e dados de fontes abertas.
Fonte: Por G1
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