Deputado Rodolfo Nogueira, presidente da Comissão de Agricultura da Câmara. (Foto: Diário do Poder).
Porto Velho, RO - O presidente da Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara, deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), afirmou nesta sexta-feira (1) que assim que voltar do recesso parlamentar, a comissão vai pressionar o governo Lula (PT), sobre o tarifaço dos EUA.
Ao Diário do Poder, o parlamentar cobrou uma postura responsável por parte do governo em relação ao agronegócio e falou em “omissão ideológica”
“Com a volta do recesso, a Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara dos Deputados — que tenho a honra de presidir — trabalhará para pressionar o governo a buscar uma solução concreta. A inércia e a incompetência do Executivo diante dessa crise tarifária não podem ser naturalizadas. O agro brasileiro precisa de uma postura firme, responsável e técnica do governo federal, e não de omissão ideológica”, declarou Nogueira.
O deputado atribuiu ainda a aplicação da tarifa ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tendo em vista que o próprio presidente dos EUA, Donald Trump, também apontou “abusos de Moraes” como justificativa para a aplicação da medida.
“Nenhum país gosta de ser tarifado, ainda mais em uma alíquota tão alta como a de 50%. Mas infelizmente essa decisão é reflexo da imagem distorcida que o Brasil tem projetado ao mundo nos últimos anos, em especial por conta das arbitrariedades cometidas pelo ministro Alexandre de Moraes. Sua atuação, marcada por excessos e violações de garantias constitucionais, compromete a segurança jurídica e transmite instabilidade institucional a investidores e parceiros internacionais”, disparou Rodolfo.
O parlamentar lembrou ainda que Lula atacou Trump e se mostrou “omisso” diante das atuação do magistrado.
“Em paralelo, o presidente Lula tem se mostrado omisso diante desses abusos. E mais do que isso, tem atuado de forma irresponsável no campo diplomático. Aliás, se Lula realmente se portasse como um chefe de Estado, não teria atacado inúmeras vezes o presidente americano. E mesmo após esses atos vexatórios, agora teria a obrigação de abaixar a guarda e buscar uma saída negociada. Mas escolheu o confronto, o isolamento e a ideologia acima do interesse nacional”, ponderou.
Para Rodolfo Nogueira, o motivo de alguns produtos do agronegócio brasileiro, como o suco de laranja, ficaram isentos da tarifa, foi fruto de articulações políticas que contaram com a atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
“É importante lembrar que alguns produtos do agro brasileiro, como o suco de laranja, foram poupados da tarifa, resultado de articulações que envolveram o deputado Eduardo Bolsonaro, que afirmou ter trabalhado para que o setor não fosse penalizado. Essa isenção mostra que ainda há espaço para diálogo e que o agro, apesar do cenário político conturbado, continua sendo reconhecido como estratégico para a relação bilateral com os Estados Unidos”, concluiu.
Fonte: Por Mael Vale
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