
Rogério Marinho afirmou no pedido ao TCU que Márcio Pochmann não tem mais capacidade de dialogar com servidores. (Foto: Pedro França/Agência Senado)
Porto Velho, RO - O senador oposicionista Rogério Marinho (PL-RN) pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que afaste cautelarmente o presidente do IBGE, Márcio Pochmann, que vem sendo alvo de críticas de servidores por uma suposta “gestão temerária” do órgão.
Desde o começo do ano, Pochmann e os funcionários estão em uma crise por conta de decisões consideradas arbitrárias por eles, entre elas a criação de uma fundação de direito privado que teria sido feita “de forma sigilosa e sem consulta”.
“É imperioso que este TCU apure eventuais irregularidades na criação da Fundação IBGE+, com necessidade de suspensão cautelar, diante dos fatos acima apontados, dos atos administrativos que embasaram a criação da Fundação IBGE+ sem autorização legislativa, o que pode comprometer inclusive o trabalho técnico e nas pesquisas realizadas pelo IBGE”, diz o senador na petição.
Marinho aponta, ainda, que Pochmann demonstrou uma suposta “incapacidade de resolver grave impasse com servidores e dirigentes da instituição”, o que, segundo ele, pode “comprometer e contaminar as pesquisas feitas pelo IBGE”.
“Isso porque os dados do IPCA – o principal indicador de inflação no Brasil – podem ser questionados e desacreditados, uma vez que a inflação tem se tornado um problema sério do governo Lula e podem ser alvo de amplo questionamento”, emendou.
A Gazeta do Povo pediu ao IBGE um posicionamento sobre a petição do senador e aguarda retorno.
O Congresso definiu os itens que serão sobretaxados pelo "imposto do pecado". A lista inclui álcool, fumo, apostas, carros, bebidas açucaradas e outros. Qual a sua opinião?
Concordo com o "imposto do pecado". O governo e o Congresso devem desestimular o consumo de certos produtos e serviços, e a taxação é uma boa opção para isso
O consumo de certos produtos e serviços deve se desincentivado, mas não por meio de impostos, e sim por campanhas educativas ou outras ações
Não é função do governo e do Congresso estimular ou desestimular o consumo disto ou daquilo. Cada um deve ser livre para escolher, sem pagar a mais por suas opções
Nesta segunda (27), Pochmann recebeu o apoio de entidades de esquerda brasileiras afirmando que ele tem trabalhado em projetos que “possibilitem políticas de inclusão, justiça social e a construção de uma sociedade mais igualitária”.
“As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo manifestam sua solidariedade ao presidente do IBGE Márcio Pochmann, diante dos ataques sofridos por funcionários oportunistas e pela imprensa irresponsável. Reconhecemos seu compromisso com a construção das instituições comprometidas com o projeto popular para o Brasil”, diz a nota assinada também pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
MST e as frentes de esquerda pontuaram, ainda, que Pochmann é alvo de “motivações oportunistas e corporativas” que “querem interromper” o trabalho feito por ele no IBGE.
Fonte: Por Guilherme Grandi
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