
O tratamento pode ser cirúrgico ou por meio de medicamentos
Porto Velho, RO - Uma doença dolorosa. A endometriose pode demorar entre 8 e 10 anos para ser diagnosticada. De acordo com dados coletados no sistema de saúde, cerca de 10 milhões de mulheres sofrem com a doença no país, ou seja, 15% das brasileiras.
O problema acontece quando células que compõem os tecidos internos do útero, ou seja, o endométrio, passam a morar fora do útero, nas paredes externas do órgão, ou nos ovários, na bexiga, no intestino. E como são células que não deveriam estar ali, elas causam reações inflamatórias, que geram muitas dores.
A especialista do Hospital Sírio-Libanês, Paolinne Silva, explica que essas dores na região pélvica podem ser confundidas com as cólicas que as mulheres sentem no período menstrual e, por isso, muitas sofrem com o diagnóstico tardio, acreditando que são dores naturais das mulheres.
Além das cólicas intensas, outros dois sintomas mais prevalentes em mulheres que têm endometriose são dor na relação sexual e dificuldade para engravidar. No entanto, ter endometriose não significa, necessariamente, que a pessoa será infértil, assim como nem toda dificuldade para engravidar é causada por essa condição.
A médica explica que é difícil determinar o que causa a endometriose, mas sabe-se que o histórico familiar tem impacto. A endometriose não é hereditária, mas há um forte fator familiar envolvido. Mulheres que têm casos de endometriose na família podem estar até 6 vezes mais sujeitas a desenvolver a doença.
O tratamento pode ser cirúrgico ou por meio de medicamentos. A cirurgia é indicada principalmente quando há lesões muito grandes nos ovários ou quando o tratamento clínico, como o uso de anticoncepcionais e progesterona, não é suficiente para controlar os sintomas.
Fonte: Max Gonçalves/Foto: Geovana Albuque / Agência Saúde GDF
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