
Desde 2020, a pedido do PSB, o STF interfere em operações policiais em favelas do Rio de Janeiro. Ação deixa precedentes graves de ativismo judicial. (Foto: Tânia Rego / Agência Brasil)
Porto Velho, RO - Dante, no Inferno, dizia que à entrada estava escrito “Deixai toda a esperança, vós que entrais” – Lasciate ogni speranza, voi ch’entrate. Eu tinha uma esperança enorme de que o Supremo desistiria das restrições à polícia, nas ações em territórios liberados da soberania brasileira no Rio de Janeiro, locais tomados pelo crime que está deixando o Rio de Janeiro insuportável, com medo – são palavras do governador Cláudio Castro. Ele mesmo está mostrando que não há vocação turística que aguente, não há paz para os moradores. Mas o Supremo parece que colocou mais regras, agora tem de ficar tudo registrado lá, câmera, policial.
Vi ministro do Supremo dizendo que a letalidade policial diminuiu, mas é preciso que se continue a combatê-la. Pelo amor de Deus, combatam a letalidade dos bandidos! Está tudo errado, estão combatendo a letalidade da polícia e não combatem a letalidade dos criminosos. Não é a polícia que atira em primeiro lugar. O Brasil deve ser o lugar onde mais se matam policiais no mundo. Mas não vejo ninguém do Judiciário indo a enterro de policial e consolando as famílias dos policiais que morreram pela lei que eles aplicam.
E vai ficar cada vez pior. Eu lembro de quando o bandido no Rio usava revólver; hoje ele usa fuzil .50, granada e armas mais sofisticadas que as armas dos policiais. A bandidagem faz barricadas para marcar a fronteira. “Territórios liberados” é o nome; são santuários, como havia lá na Guerra do Vietnã. “A polícia aqui não entra, aqui mandamos nós”, dizem os traficantes. Eles mandam na distribuição de gás, de internet, cobram pedágio. É um outro Estado, fora da lei brasileira. Será que o Judiciário vive em uma ampola, isolada da dureza da população do Rio de Janeiro? O carioca sofre, em todas as regiões do Rio.
Brasil ainda ficou com a menor tarifa na lista do Trump
E vai ficar cada vez pior. Eu lembro de quando o bandido no Rio usava revólver; hoje ele usa fuzil .50, granada e armas mais sofisticadas que as armas dos policiais. A bandidagem faz barricadas para marcar a fronteira. “Territórios liberados” é o nome; são santuários, como havia lá na Guerra do Vietnã. “A polícia aqui não entra, aqui mandamos nós”, dizem os traficantes. Eles mandam na distribuição de gás, de internet, cobram pedágio. É um outro Estado, fora da lei brasileira. Será que o Judiciário vive em uma ampola, isolada da dureza da população do Rio de Janeiro? O carioca sofre, em todas as regiões do Rio.
Brasil ainda ficou com a menor tarifa na lista do Trump
No fim das contas, o Brasil ficou com a tarifa mínima, de 10%, no “tarifaço” de Donald Trump. Antes de fazer qualquer discurso, temos de pensar como é que podemos tirar vantagem disso. A tarifa pode prejudicar o café que vendemos para os Estados Unidos? Mas o Vietnã também vende café para os norte-americanos e vai pegar uma tarifa de 46%! Outro exemplo: a China está com uma tarifa de 34%; ela vende sapatos, roupas, itens que nós também produzimos. A União Europeia levou uma tarifa de 20%, o dobro da nossa. O Japão, 24%. E, se o Japão foi tarifado em 24%, é porque cobra 48% dos norte-americanos. Se a China é tarifada em 34%, é porque cobra 68% dos EUA. Se a União Europeia foi tarifada em 20%, é porque já vinha cobrando 40% dos Estados Unidos. Foi esse o critério do governo Trump.
O Congresso aprovou a Lei da Reciprocidade, o presidente Lula leu um belo discurso sobre isso, nós vamos reagir com reciprocidade. Pois eu lembro de palavras de Pierre Trudeau, ex-primeiro-ministro do Canadá, pai do Justin: ele dizia que “ficar do lado dos Estados Unidos é dormir com um elefante. Qualquer movimento dele nos afeta”. Então, temos de ter muito cuidado com o elefante.
Fonte: Por Alexandre Garcia
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