
STF começa a ouvir testemunhas de suposto golpe. Pedido de adiamento de audiências foi negado por Alexandre de Moraes. (Foto: Andre Borges/EFE/EPA)
Porto Velho, RO - O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sendo realizado em Brasília, é a maior farsa judicial da história do direito brasileiro. Terá como resultado não apenas a prisão perpétua e a morte civil da maior liderança popular do país nos últimos 50 anos, como também a consolidação definitiva do Regime PT-STF, uma ditadura pseudodemocrática de molde socialista e inspiração russo-chinesa com que a esquerda pretende continuar comandando — e saqueando — o Brasil nas próximas décadas.
Prender Bolsonaro e deixá-lo morrer na prisão é a etapa decisiva do golpe socialista de 2022, realizado em conjunto pelo Foro de S. Paulo, o movimento globalista e as elites políticas brasileiras, com o apoio da mídia corrupta e do nosso judiciário distópico.
Não se enganem: o destino de Bolsonaro será o mesmo dos reféns de 8 de janeiro — será o nosso destino. Quando o ex-presidente entrar pela porta de uma cela, o Estado-censor tornar-se-á o carcereiro do país que permanece do lado de fora.
A prisão de Bolsonaro deflagrará um processo de culpabilização coletiva e criminalização de toda dissidência ao regime. Em círculos concêntricos cada vez mais amplos, a voragem autoritária atingirá toda a sociedade brasileira, condenando à morte civil milhões de cidadãos inocentes.
Olhem para o destino de Daniel Silveira, Carla Zambelli, Débora Rodrigues e Clezão — e saibam que estão contemplando o reflexo da nossa própria imagem no futuro próximo. Calar-se hoje é condenar-se amanhã.
Jair Bolsonaro está sendo julgado hoje por liderar uma suposta tentativa de golpe de Estado. Mas o que aconteceu foi exatamente o contrário: diante do golpe eleitoral perpetrado pelas elites políticas brasileiras, que retiraram da cadeia um criminoso em três instâncias da Justiça para conduzi-lo à presidência, Bolsonaro tentou utilizar os recursos constitucionais existentes para evitar a consumação do golpe.
Após eleições marcadas por censura, desinformação e perseguição de adversários políticos, além das suspeitas geradas por um sistema de votação inauditável, Bolsonaro discutiu a aplicação do Artigo 136 (que trata do Estado de Defesa, mediante aprovação do Congresso Nacional) e do Artigo 142 (que trata da instauração da Garantia da Lei e da Ordem durante crises institucionais). Como uma discussão de artigos constitucionais pode ser considerada um crime?
Além disso, Bolsonaro concluiu que os dois artigos não deveriam ser aplicados. Em dezembro de 2022, o então presidente passou o Comando das Forças Armadas aos seus adversários e gravou um vídeo solicitando que as pessoas acampadas em frente aos quartéis generais voltassem para casa.
Bolsonaro não deveria ser condenado, mas sim elogiado pelo que tentou fazer: encontrar uma saída pacífica e institucional para a crise em que o país foi mergulhado.
Ademais, toda a peça acusatória contra Bolsonaro é baseada em testemunhos frágeis e que agora estão sendo desmascarados
Comparação histórica
Façamos uma comparação histórica. Em 2 de março de 1938, primeiro dia de julgamento do “bloco dos direitistas e trotskistas”, durante os famigerados Processos de Moscou, um dos depoentes, Nikolai Krestinsky, negou com veemência qualquer participação nos crimes relacionados pelo tribunal. Foi um dos únicos momentos — senão o único — em que a farsa judicial dos processos foi contestada.
Em 19 de maio de 2025, o depoimento do general Freire Gomes, ex-comandante do Exército e uma das principais testemunhas de acusação nos Processos de Brasília, fez-me lembrar a negação peremptória de Krestinsky em 1938.
Da mesma forma que Krestinsky, Freire Gomes negou diante do tribunal aquilo que dissera durante interrogatório. Krestinsky declarou-se inocente de todas as acusações em 1938; Freire Gomes negou qualquer tentativa de golpe em 2022.
A reação de seus algozes foi exatamente a mesma. Em 1938, o procurador Andrei Vyshinsky ficou extremamente irritado com a negativa do réu. Em 2025, o ministro Alexandre de Moraes ficou furioso com a negativa da testemunha. Assim como aconteceu em 1938, uma única peça destoante na narrativa serve para revelar todo o caráter farsesco do julgamento. Krestinsky foi declarado inocente e reabilitado em 1988.
O Supremo Tribunal Federal, em sua atual configuração e métodos, evoca a memória sombria do Comitê de Salvação Pública de Robespierre, que, sob a bandeira da “virtude” e da “salvação da revolução”, mergulhou na França no terror.
Da mesma forma, o julgamento de Bolsonaro guarda uma semelhança arrepiante com os Processos de Moscou de 1936-1938, onde a “justiça” era uma ferramenta de aniquilação política, com roteiros pré-determinados e confissões arrancadas pela tortura, a ameaça e a chantagem.
O julgamento de Bolsonaro também faz lembrar uma outra farsa judicial que abalou o mundo: o Caso Dreyfus, escândalo que expôs as profundas divisões sociais, o antissemitismo na França do final do século XIX.
Tudo começou em setembro de 1894, quando documentos de provisões do exército francês foram encontrados no lixo da embaixada alemã em Paris, indicando que um oficial estava vendendo segredos militares.
O serviço de contraespionagem, liderado pelo major Joseph Henry, rapidamente focou suas suspeitas no capitão Alfred Dreyfus, um judeu oficial, nascido na Alsácia, região recém-anexada pela Alemanha.
As provas contra Dreyfus eram, na verdade, extremamente frágeis e baseadas em uma análise grafotécnica superficial de um memorando anônimo, que teria sido concluído por ele.
O julgamento, realizado a portas fechadas em dezembro de 1894, foi um espetáculo de preconceito e manipulação
A defesa de Dreyfus foi impedida de acesso a provas cruciais, e o veredito de culpa foi dado sob a influência da histeria pública e de um forte sentimento antissemita que dominava setores da sociedade e da imprensa.
Em 1895, Dreyfus foi humilhado publicamente em uma cerimônia de manipulação militar, tendo suas insígnias arrancadas e sua espada quebrada. Ele foi condenado à prisão perpétua na Ilha do Diabo, uma colônia penal notória na Guiana Francesa, de onde poucos prisioneiros retornavam com vida.
No entanto, a verdade logo começou a vir à tona. Em 1896, o coronel Georges Picquart, novo chefe da contraespionagem, descobriu evidências irrefutáveis de que o verdadeiro traidor era o major Ferdinand Walsin Esterhazy. Ao tentar reabrir o caso, Picquart foi silenciado e transferido, mas a informação vazou.
O caso dividiu a França entre "dreyfusards" (que defendem a inocência de Dreyfus) e "antidreyfusards" (que insistem em sua culpa, muitas vezes por motivos antissemitas).
Em 1898, o famoso escritor Émile Zola publicou seu artigo "J'accuse...!" (Eu Acuso...!), denunciando a conspiração e a injustiça, o que levou ao seu próprio julgamento e exílio, mas também intensificou o debate público e a pressão pela revisão do caso.
Em 1906, Dreyfus foi totalmente reabilitado e reintegrado ao exército com honras. O Caso Dreyfus não apenas revelou o enraizamento do antissemitismo na França, mas também se tornou um símbolo universal da luta contra a injustiça, a importância da imprensa livre e a necessidade de vigilância para proteger os direitos individuais contra o poder do Estado e os preconceitos sociais.
É exatamente neste ponto que o Brasil está hoje.
No entanto, cedo ou tarde, Jair Bolsonaro será reabilitado dessas falsas acusações e a verdade histórica sobre o golpe socialista de 2022 será restabelecida. Os responsáveis por essa farsa judicial, por sua vez, serão punidos e o Estado brasileiro terá de pedir desculpas e indenizar as vítimas dessa narrativa criminosa.
“Não só vos compadecestes dos encarcerados, mas aceitastes com alegria a confiscação dos bens vossos, pela certeza de possuirdes riquezas muito melhores e imperecíveis. Não percais esta completa a que está vinculada uma grande recompensa, pois vos é necessário a perseverança fazerdes a vontade de Deus e para alcançardes os bens prometidos. Ainda um pouco de tempo — sem dúvida, bem —, e o que há de vir virá e não tardará.” (Hb 10, 34-37)
Fonte: Por Paulo Briguet
O caso dividiu a França entre "dreyfusards" (que defendem a inocência de Dreyfus) e "antidreyfusards" (que insistem em sua culpa, muitas vezes por motivos antissemitas).
Em 1898, o famoso escritor Émile Zola publicou seu artigo "J'accuse...!" (Eu Acuso...!), denunciando a conspiração e a injustiça, o que levou ao seu próprio julgamento e exílio, mas também intensificou o debate público e a pressão pela revisão do caso.
Em 1906, Dreyfus foi totalmente reabilitado e reintegrado ao exército com honras. O Caso Dreyfus não apenas revelou o enraizamento do antissemitismo na França, mas também se tornou um símbolo universal da luta contra a injustiça, a importância da imprensa livre e a necessidade de vigilância para proteger os direitos individuais contra o poder do Estado e os preconceitos sociais.
É exatamente neste ponto que o Brasil está hoje.
No entanto, cedo ou tarde, Jair Bolsonaro será reabilitado dessas falsas acusações e a verdade histórica sobre o golpe socialista de 2022 será restabelecida. Os responsáveis por essa farsa judicial, por sua vez, serão punidos e o Estado brasileiro terá de pedir desculpas e indenizar as vítimas dessa narrativa criminosa.
“Não só vos compadecestes dos encarcerados, mas aceitastes com alegria a confiscação dos bens vossos, pela certeza de possuirdes riquezas muito melhores e imperecíveis. Não percais esta completa a que está vinculada uma grande recompensa, pois vos é necessário a perseverança fazerdes a vontade de Deus e para alcançardes os bens prometidos. Ainda um pouco de tempo — sem dúvida, bem —, e o que há de vir virá e não tardará.” (Hb 10, 34-37)
Fonte: Por Paulo Briguet
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