Lula, o inocente por conveniência

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Lula, o inocente por conveniência


Governo Lula está armando bomba fiscal que pode explodir em 2027. (Foto: André Borges/EFE)

Porto Velho, RO - É um vício que já vem de muito tempo atrás, mas que, positivamente, parece agora estar saindo de qualquer controle ou limite. O Brasil, como se sabe, há mais de 40 anos, convive, no camarote VIP da sua vida pública, com um mentiroso patológico, egocêntrico e mal-intencionado – ou seja, ele mente, mas mente sempre na direção do seu interesse pessoal. Os analfabetos e os intelectuais acreditam; é também o caso dos ladrões, dos proprietários de senzalas e, nestes últimos tempos, das Forças Armadas, com o STF na função de general da banda. A mentira tornou-se, por conta de seu esforço, o principal instrumento de governo no Brasil do século XXI.

O resultado é que Lula, encantado com a experiência pessoal de se dar cada vez melhor na política nacional quanto mais é capaz de mentir, virou um dependente químico da mentira. Não consegue mais dizer a verdade nem se lhe perguntarem que horas são – e isso tem consequências diretas na disfunção fundamental que é, hoje, o Estado brasileiro. Talvez nada possa ilustrar tão bem essa anomalia como o atual escândalo-chefe do governo, um equivalente do Mensalão, do Petrolão e de outros “ãos” do modo Lula de ser e de governar: o espantoso assalto ao bolso dos aposentados, com o desvio de bilhões para os cofres dos sindicatos, inclusive um que integra o patrimônio do próprio irmão do presidente da República.

Lula saiu mentindo feito um desesperado desde o primeiro momento desta mega roubalheira e não parou mais até hoje. Tudo bem, esse é mesmo o seu modus operandi, como dizem os investigadores de polícia – ele sempre mentiu, por que deixaria de mentir nessa também? O problema é que o presidente do seu país deixou de fazer qualquer nexo nas mentiras que diz. No caso do INSSão, estava nas lonjuras da Rússia e da China, mas achou tempo para continuar insistindo no assunto: repetiu, mais uma vez, a extraordinária desculpa de que a ladroagem começou “com o Bolsonaro” e que, por isso, ele, Lula, está muito bem na foto.

É grosseiramente falso: os desvios ilegais do rendimento dos aposentados, na forma de “contribuição” para o bas fond sindical, começaram em 2016, no governo de Michel Temer, e começaram porque o presidente sancionou a lei acabando com o imposto sindical. Privados dessa extorsão que fornecia um dos seus principais modos de vida, os donos de sindicatos passaram a roubar dos velhinhos. Mais: o PT derrubou um decreto de Bolsonaro que exigia a concordância por escrito dos aposentados para as “contribuições” que lhes eram subtraídas. A safadeza continuou, mas teve uma espetacular explosão neste governo Lula – em dois anos, roubaram mais do que tinham roubado nos sete anos anteriores.

Pior que tudo, Lula quer que você acredite no seguinte despropósito: Bolsonaro inventou a roubalheira das contribuições falsas para encher as burras dos sindicatos petistas. Foram eles que embolsaram o dinheiro, não foram? E o irmão de Lula, então? Quer dizer que Bolsonaro roubou para forrar o bolso do irmão de Lula? Tenha dó, diria o ministro Alexandre de Moraes. Mentir? Vá lá. Mas mentir desse jeito? Aí a coisa toda está indo mesmo para o saco.

Fonte: Por J.R.Guzzo

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