
O ditador Nicolás Maduro comemorou "grande vitória"nas eleições para governadores e deputados da Assembleia Nacional neste domingo (25), em Caracas (Foto: EFE/Imprensa do Palácio de Miraflores )
Porto Velho, RO - O regime de Nicolás Maduro comemorou uma “grande vitória” nas eleições regionais e parlamentares da Venezuela neste domingo (25), antes mesmo do fechamento das seções eleitorais pelo país e do anúncio de prorrogação do processo pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) devido à recusa de milhares de venezuelanos de comparecerem nas urnas.
No entanto, apesar das alegações de grande participação do chavismo, a oposição apontou que mais de 85% dos eleitores "desobedeceram" e não votaram, provocando uma abstenção histórica nacional.
A líder opositora María Corina Machado descreveu a situação como uma "nova derrota para o regime criminoso de Nicolás Maduro".
Em um vídeo transmitido no X, ela pediu novamente que as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) "abram o caminho para a transição, em ordem e com segurança”, cumprindo “seu dever constitucional” e sendo “garantidoras da soberania popular”.
Dados mais precisos divulgados pelo Comando com Venezuela apontam que a participação foi de 12,56%. A empresa de pesquisas Meganalisis também divulgou dados eleitorais com números muito próximos, um pouco acima dos 12%.
Por outro lado, O CNE, controlado pelo chavismo, anunciou que 42,63% dos eleitores venezuelanos foram às urnas neste domingo.
A líder opositora Machado rejeitou desde o início a convocação dessa eleição depois de denunciar a farsa eleitoral de Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho do ano passado, proclamado vencedor pelo CNE.
De acordo com ela, Maduro acreditava que as ameaças de sua ditadura iriam forçar as pessoas a votar, no entanto apenas “provocou mais raiva” e “até funcionários públicos”, dse abstiveram dessa eleição, disse Machado.
“Mostramos que esse regime está fraturado por dentro, que a única coisa que lhes resta, que é seu aparato repressivo, agora está sem dinheiro, está deixando de funcionar. Com a ajuda de nossos aliados, nós os surpreendemos mais uma vez, e assim chegamos até o dia de hoje [domingo], quando o regime queria apagar a verdade de 28 de julho com uma nova farsa eleitoral”, afirmou ainda a opositora.
CNE declara chavismo vencedor em 23 das 24 regiões da Venezuela, incluindo a Guiana
O CNE, controlado pelo regime de Nicolás Maduro, declarou que o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) foi o grande vencedor das eleições regionais e parlamentares no país ao "conquistar" 23 dos 24 estados, em comparação com 19 nas eleições regionais anteriores realizadas em 2021.
Agora, o regime ainda acrescentou de forma ilegal uma nova região ao seu domínio, chamada pelos venezuelanos de Guayana Esequiba.
De acordo com o órgão eleitoral, a aliança de Maduro, o "Grande Polo Patriótico", obteve 82,68% dos votos e conquistou 40 das 50 cadeiras nacionais na Assembleia Nacional.
O CNE afirmou ainda que os chavistas recuperaram os estados de Zulia (noroeste), Barinas (oeste) e a ilha de Nueva Esparta, conquistados pela oposição nas eleições regionais anteriores, enquanto o antichavista Alberto Galíndez foi reeleito governador de Cojedes (oeste).
Após o anúncio, Maduro afirmou em um evento em Caracas nesta segunda-feira (26) que o chavismo está "mais vivo e mais forte do que nunca".
Fonte: Por Isabella de Paula
0 Comentários