Manifestantes forçam entrada em área reservada a credenciados na COP 30. (Foto: André Coelho/EFE)Porto Velho, RO - A ONU, que realiza a conferência do clima, está reclamando da COP 30. Reclamou expressamente, formalmente, da falta de segurança, da falta de estrutura e do excesso de calor nos recintos do evento. Falou em precariedade das instalações. Que vexame! Só estamos passando vergonha nessa COP – aliás, eu faço uma análise da conferência no meu artigo desta semana na revista Oeste.
Alarmismo climático continua a ser uma bela fonte de dinheiro
Ainda na COP, o ministro da Saúde anunciou que o Brasil está recebendo US$ 300 milhões para “saúde climática”. Fui ver que diabo é isso, e descobri que tem a ver com doenças causadas pelo clima. Isso é óbvio, e antigo – e também existe cura causada pelo clima; nos anos 1940, minha tia foi a Campos do Jordão (SP) para curar uma tuberculose. Morei por muitos anos no Rio Grande do Sul, e tinha dor de garganta todos os anos por causa do clima; vim para Brasília, estou aqui há quase 50 anos, e nunca mais tive dor de garganta. Em Manaus, onde faz um calor insuportável, um arquiteto amigo projetou uma casa em que a natureza, sozinha, vai trocando o ar quente por um ar fresco, que vem das árvores. Aqui em Brasília temos a estação da seca e a estação da umidade, da chuva. E quem vive à beira-mar e não suporta a maresia, a umidade, sofre. Isso tudo já se sabe. Mas precisam de US$ 300 milhões doados por instituições de benemerência.
Isso revela que todo esse negócio de clima – primeiro era “aquecimento global”, agora é “mudança climática”, mudam de nome porque as coisas não se confirmam e tudo começa a perder credibilidade – é para gerar dinheiro. E muito cientista deve saber disso.
Estão exagerando no caso do ex-prefeito de Lajeado
Achei exagerado o que estão fazendo com Marcelo Caumo, ex-prefeito de Lajeado (RS). Foi em Lajeado que ganhei meu primeiro salário na Rádio Independente, como locutor. Eu me formei em contabilidade, meus pais estão enterrados lá, e nem conheço esse ex-prefeito, nem sei qual o partido dele. É aliado de Eduardo Leite, porque estava como secretário de Desenvolvimento Urbano do governo gaúcho, e pediu demissão. A Polícia Federal executou um mandado de busca e apreensão contra ele. O que é que ele teria feito? Dizem que ele se aproveitou da emergência climática, da enchente do ano passado, quando ele era prefeito, para contratar serviços terceirizados de motorista, psicólogo, assistente social. Estão fazendo um barulho danado, desproporcional ao caso. Caumo pediu demissão para ficar livre e o caso não respingar no governador. Achei positivo da parte dele, e me lembrou Henrique Hargreaves, que era ministro-chefe da Casa Civil de Itamar Franco, surgiram denúncias contra ele, e ele imediatamente pediu demissão; provou a inocência, e Itamar o chamou de volta.
Será que trabalhadores sem vínculo empregatício estão recebendo Bolsa Família?
Um amigo estudioso de economia e de sociologia me fez alguns comentários sobre essas novas atividades sem vínculo empregatício, sem horário definido, em que a pessoa tem renda, produtividade e pode ter a sua vida privada normalmente. Por exemplo, o motorista de Uber que aproveita para levar o filho para a escola, de carro, e depois começa no Uber; ou a pessoa que faz entrega na Amazon, tem uma atividade durante o dia e tem outra à noite, fazendo entregas. Eles se livram de todos aqueles encargos trabalhistas, é um fenômeno novo. O que eu respondi a ele? “Tem de fiscalizar esse sujeito que faz isso, para ver se ele não quer carteira assinada porque está recebendo o dinheiro dos impostos de todos na forma de Bolsa Família.”
Fonte: Por Alexandre Garcia


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