
Por que a notícia sobre os honorários do Banco Master a mulher de Alexandre de Moraes não é tratada como escândalo?
CARO LEITOR, a liquidação extrajudicial do Banco Master e as investigações, de acordo com a jornalista Malu Gaspar, encontraram no celular de Daniel Vorcaro, em formato digital, um contrato que previa pagar uma pequena fortuna ao longo de 36 meses, ou seja, em prestações mensais de R$ 3,6 milhões a partir do início de 2024, totalizando o valor de R$ 129 milhões, ao escritório de advocacia de Viviane Barci de Moraes, mulher do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). Vou repetir por extenso: cento e vinte e nove milhões de reais. Ao câmbio de hoje, equivalem a vinte e três milhões e quinhentos e oitenta e três mil dólares. Daí eu pergunto: Por que a notícia sobre os honorários do Banco Master à mulher de Alexandre de Moraes não é tratada como escândalo? A montante não foi pago a Viviane Moraes integralmente porque o Banco Master entrou em liquidação. Daí fico me perguntando qual causa justificaria honorários de R$ 129 milhões a uma advogada que está longe de ser um peso-pesado da advocacia paulista? No contrato, não há escopo definido.
Gavetas
Na coluna de ontem (09), evidenciamos que o ministro Dias Toffoli, do STF, decretou sigilo máximo sobre o processo envolvendo o Banco Master e o seu controlador, mantendo o caso dentro das gavetas da sua mesa de trabalho, embora Daniel Vorcaro não tenha foro especial.
Prisão
Outra pergunta que precisa ser feita: Por que a prisão preventiva de Daniel Vorcaro foi revogada pela mesma desembargadora que havia negado o pedido de soltura, tão logo se soube que os advogados criminais do “banqueiro” haviam recorrido ao STF e que o processo foi distribuído para Dias Toffoli?
Dosimetria I
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), como sucessor de Jair Bolsonaro (PL) na disputa pela Presidência da República, precificou sua pré-candidatura e o Projeto de Lei da Dosimetria foi pautado e aprovado nessa madrugada no âmbito da Câmara dos Deputados.
Dosimetria II
O PL da Dosimetria recalcula e reduz as penas dos condenados por crimes da trama golpista e dos atos de 8 de janeiro de 2023. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também será beneficiado e pode ter a pena em regime fechado reduzida para até 2 anos e 4 meses, mas isso não o deixa livre para concorrer nas eleições de 2026.
Dosimetria III
O projeto da Dosimetria será analisado pelo Senado Federal. Já o presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou ontem (09) em plenário que pretende analisar o PL da Dosimetria antes do recesso.
Votaram
Os deputados federais Maurício Carvalho (União-Porto Velho), Lúcio Mosquini (MDB-Jaru), Rafael Fera (Podemos-Porto Velho), Fernando Máximo (União-Porto Velho) e Coronel Chrisóstomo (PL-Porto Velho) e as deputadas federais Cristiane Lopes (União-Porto Velho) e Silvia Cristina (PP-Ji-Paraná), votaram a favor do PL da Dosimetria. O deputado federal Thiago Flores (Republicanos-Ariquemes) não registrou voto, esteve ausente durante a deliberação.
Prevalecer
Para quem segue a coluna, sabe que não defendo a impunidade, porém sempre defendi a revisão de penas aos envolvidos na trama golpista do 8 de janeiro de 2023. Contudo, fica a lição para os golpistas de que o Estado democrático de direito deve prevalecer, a democracia, o respeito e o reconhecimento dos resultados das urnas.
Ocupou
Ontem (09), em ato de desatino, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) ocupou a cadeira do presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), após o processo que pede a sua cassação ser pautado. A atitude de Glauber só aumentou as chances, que já eram grandes, de que ele seja cassado pelo plenário.
Confusão
Após o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) anunciar seu protesto, a sessão foi suspensa e deixou de ser transmitida pela internet. A polícia legislativa foi acionada para intervir e o parlamentar foi retirado à força da cadeira e obrigado a deixar o Plenário. A confusão da expulsão continuou pelo salão verde, com jornalistas, policiais e deputados em um tumulto com empurra-empurra e agressões.
Quebra
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) está com processo de cassação por quebra de decoro parlamentar por chutar um militante de direita que o perseguia no âmbito da Câmara dos Deputados. O ato de Glauber de ocupar a cadeira do presidente da Câmara dos Deputados pode ser comparado ao motim bolsonarista e, sinceramente, recorrer ao mesmo método que eles criticaram anteriormente, demonstra falta de coerência política.
Alinhamento
O PL já promoveu encontro com prefeitos e vice-prefeitos. Agora é a vez dos vereadores da legenda nos próximos dias em Ji-Paraná. Na pauta, o alinhamento político em torno da pré-candidatura ao governo do Senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) nas eleições do próximo ano.
Forte I
O senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) é um forte candidato à sucessão do governador Coronel Marcos Rocha (União-Porto Velho) por conta do recall eleitoral das eleições de 2022. Ou seja, Rogério perdeu para Rocha no segundo turno numa eleição apertada.
Forte II
Outro ponto forte do senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) para suceder o governador Coronel Marcos Rocha (União-Porto Velho) é a penetração no eleitorado da direita e extrema-direita, além da forte entrada nas igrejas evangélicas neopentecostais.
Fraquezas
Como fraquezas, o senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná), como candidato da extrema-direita e alinhado politicamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), caso chegue ao segundo turno das eleições de 2026 com um candidato de direita ou centro-direita, pode ser derrotado nas eleições devido ao voto dos eleitores da esquerda que abomina o alinhamento político com o bolsonarismo.
Categorizar
No espectro ideológico de direita, pode-se categorizar o vice-governador Sérgio Gonçalves (União-Porto Velho) e o prefeito de Vilhena, delegado Flori Cordeiro (Podemos-Vilhena). Já no espectro ideológico de centro-direita, o prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD-Cacoal).
Extrema-direita
Na extrema-direita, é possível categorizar o deputado federal Fernando Máximo (União-Porto Velho). Máximo atua como parlamentar na defesa das pautas de costumes e defende o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) com unhas e dentes no passado. Atualmente, de olho nos eleitores progressistas, descolou um pouco do ex-presidente Bolsonaro.
Centro
No espectro ideológico de centro, ou seja, que acena e dialoga com a direita, esquerda e os extremos, estão o senador Confúcio Moura (MDB-Ariquemes), o ex-senador Acir Gurgacz (PDT-Ji-Paraná) e o ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho). Os três conseguem transitar nos diversos segmentos eleitorais e possuem musculatura para disputar cargos majoritários.
Esquerda
No Centro-esquerda, o advogado Samuel Costa (Rede-Porto Velho). Já o ex-prefeito Roberto Sobrinho (sem partido) pode ser categorizado ideologicamente como de esquerda. O eleitor progressista em Rondônia representa apenas um terço do eleitorado, dificilmente consegue chegar ao segundo turno de uma eleição majoritária ou eleger representantes para o Congresso Nacional.
Almeja
Falando em eleições, o partido Democracia Cristã (DC) poderá receber a filiação do ex-candidato a prefeito de Porto Velho, Dr. Benedito Alves (SDD). Benedito almeja conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa de Rondônia (ALERO) no próximo ano e reúne qualidades que o habilitam a se tornar deputado estadual.
Anjos
A vice-prefeita Magna dos Anjos (Podemos-Porto Velho) segue firme no seu propósito de conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa de Rondônia (ALERO) no próximo ano. Em conversa com a coluna, confidenciou que deixará para março próximo a escolha por qual legenda deverá concorrer ao cargo de deputada estadual.
Almoço
No almoço com o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho), ele confidenciou à coluna que trabalha para disputar a sucessão do governador Coronel Marcos Rocha (União-Porto Velho). Mas pode recuar e disputar um mandato de deputado federal nas eleições do próximo ano.
Base
O ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho) disse que o momento requer a construção da nominata de deputado estadual e federal da legenda tucana, bem como de estimular a formação dos movimentos de base partidária tucana no âmbito estadual, a exemplo do movimento de jovens, mulheres e outros.
Solidão
Em relação ao labirinto da solidão, o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho) não se considera solitário por conta dos dois dígitos que possui na intenção de votos para governador. “Muito pior foi quando me lancei na disputa para prefeito da capital, larguei com 3% e ganhei a eleição”, ponderou.
Procura
O ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho) disse que não negocia seus valores e princípios na construção da sua candidatura ao governo de Rondônia. Ele procura aliados que pensem no bem comum e no coletivo, diferentemente daqueles que só defendem seus próprios interesses particulares.
Égua
Avaliando os onze meses da gestão do prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho), o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho) disse que construiu a nova rodoviária em 18 meses e o prefeito Léo levou onze meses para colocar em funcionamento o ar-condicionado da mesma, comparando o feito ao tempo de gestação de uma égua.
Avaliou
O ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho) também avaliou que a cidade está suja, esburacada, mal iluminada e os distritos abandonados. Além disso, Hildon disse que não é a primeira vez que a Prefeitura de Porto Velho ganha o Selo Diamante de Transparência, como anunciou o prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho).
Transparência
Segundo o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho), “basta dar um google e encontrará quantas vezes Porto Velho ganhou o Selo Diamante de Transparência enquanto estive à frente do Prédio do Relógio”. Por sua vez, Hildon criticou a falta de transparência atual do Portal da Prefeitura de Porto Velho.
Pesca
O município de Porto Velho passa a ser reconhecido como a Capital da Pesca Esportiva e de Observação de Aves mediante aprovação do PL nº 4959/2025 no âmbito da Câmara Municipal de Porto Velho (CMPV). O vereador Dr. Júnior Queiroz (Republicanos-Porto Velho) destacou que o referido projeto prevê a valorização da pesca artesanal, além de reconhecer a atividade como patrimônio cultural, social e econômico das comunidades ribeirinhas e tradicionais de Porto Velho.
Fortalecimento
A vereadora Rosaria Helena (União-Porto Velho) de Ouro Preto D’Oeste revelou à coluna que não disputará uma vaga na Assembleia Legislativa de Rondônia (ALERO) e na Câmara de Deputados. Ele continuará firme defendendo os interesses de Ouro Preto D’Oeste e no fortalecimento da União das Câmaras e Vereadores do Estado de Rondônia (UCAVER).
Sério
Falando sério, sinceramente, não tenho medo de fazer perguntas aos ocupantes dos espaços de poder e de tomada de decisões, mesmo sabendo do risco de ser perseguido e novamente tentarem assassinar a minha reputação. Mas sigo a máxima do jornalista Mario Sabino: “as perguntas que fazemos em relação ao escândalo do Banco Master: não teremos respostas, infelizmente, porque é arriscado até fazer perguntas na vibrante democracia brasileira”.
Fonte: Por Herbert Lins


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