ELEIÇÕES 2022 - PL faz “megafiliação” de deputados governistas e projeta bancada com 60 nomes

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ELEIÇÕES 2022 - PL faz “megafiliação” de deputados governistas e projeta bancada com 60 nomes


Partido Liberal (PL) realizou evento em Brasília para filiar diversos aliados de Bolsonaro| Foto: Wesley Oliveira/Gazeta do Povo

Porto Velho, RO - O PL, sigla do presidente Jair Bolsonaro, realizou nesta terça-feira (15) uma nova rodada de filiação de parlamentares da base do governo no Congresso. Entre os novos integrantes da legenda do Centrão estão a deputada federal Carla Zambelli (SP) e os deputados federais Filipe Barros (PR) e General Girão (RN). Ao todo, ao menos 22 nomes entre deputados e pré-candidatos assinaram a ficha de entrada na sigla durante o evento.

A maior parte dos deputados que aderiram ao PL integrava o PSL, sigla que se fundiu com o DEM para criação do União Brasil. Agora, o grupo pretende fortalecer o projeto de reeleição de Bolsonaro. Após a debandada de governistas, a cúpula do União Brasil estima ficar com cerca de 50 deputados.

Com a expectativa de receber até 30 novos parlamentares, o PL deverá ter uma das maiores bancadas da Câmara, com cerca de 60 integrantes. A chamada janela partidária, que permite a troca de legenda sem perda de mandato para os deputados, fica aberta até o dia 1º de abril.

"O PL com certeza vai passar de 60 deputados e vai ser o maior partido da Casa. Isso é fato. Pelo número mais baixo que a gente tem", afirmou o deputado Coronel Tadeu (SP).

Presente no evento, o presidente nacional do PL, o ex-deputado Valdemar da Costa Neto, comemorou o crescimento da legenda. "Eu fico pensando na sorte que nós tivemos de poder recebê-lo [Bolsonaro] no nosso partido. Eu nunca imaginei, pois passei 30 anos no Congresso correndo atrás de deputado para o partido. O nosso partido cresceu, veio uma trombada, fomos ao buraco, mas nunca pensei que fossemos chegar aonde estamos chegando", afirmou Costa Neto.

Esse foi o segundo grande evento de filiação de aliados de Bolsonaro ao PL. No último sábado (12), ao menos 11 deputados já haviam ingressado na legenda. Outro encontro deve ocorrer ainda neste final de semana, em Brasília, quando o filho do presidente e deputado Eduardo Bolsonaro (SP) pretende oficializar a sua entrada no partido.

Zambelli vai liderar "frente parlamentar da lealdade" ao presidente Bolsonaro

Durante o evento de filiação, a deputada Carla Zambelli anunciou o lançamento de uma frente parlamentar batizada de "lealdade acima de tudo". De acordo com ela, o grupo irá filtrar pré-candidaturas que estejam alinhadas ao governo Bolsonaro em todo o país.

A ideia, ainda segundo Zambelli, é fortalecer a base bolsonarista com a proximidade das eleições. A expectativa é de que o grupo tenha ao menos 70 integrantes com mandatos ou aspirantes a um cargo eletivo. No radar, estão os filiados do dia e outros apoiadores de Bolsonaro.

"Vamos unir as pessoas entorno de uma bandeira. Todos aqui somos conhecidos por serem leais ao presidente Bolsonaro e às nossas bandeiras. Acreditamos que todos nós estamos mais fortes, não só para nos elegermos, mas para elegermos o presidente Bolsonaro", afirmou Zambelli.

Até o momento, apenas os estados do Maranhão, Acre, Sergipe e Roraima ainda não contam com integrantes na frente parlamentar. "Estamos fazendo uma peneira e levantando todo o histórico dessas pessoas. Mas vamos ter representantes em todos os estados", garantiu a deputada.

Aliados de outras siglas também se filiam ao PL

Além da bancada de deputados bolsonaristas que integravam o PSL, o PL está filiando deputados aliados do governo que estavam em outras legendas. É o caso do deputado José Medeiros (MT), que é vice-líder do governo na Câmara, mas estava no Podemos, que tem como pré-candidato ao Palácio do Planalto o ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro.

Já o deputado Sóstenes Cavalvante (RJ), presidente da frente parlamentar evangélica, estava filiado ao DEM e comandava o diretório da sigla no Rio de Janeiro. No entanto, com a criação do União Brasil, Sóstenes acabou perdendo espaço para o prefeito de Belford-Roxo, Waguinho, que assumiu a direção da sigla no estado fluminense.

Além disso, o PL recebeu nomes de aliados do governo que pretendem disputar cargos eletivos na disputa deste ano. Entre eles o ex-jogador de vôlei Maurício Souza, que teve contrato com o Minas Tênis Clube rescindido após dar declarações consideradas homofóbicas nas redes sociais, em outubro do ano passado. Na ocasião, a DC Comics havia anunciado que o novo Super-Homem, filho de Clark Kent, se descobriria bissexual nas próximas edições das histórias em quadrinhos.

Maurício Souza acabou "cancelado" pela internet. A deputada Zambelli e outras personalidades conservadoras defenderam o jogador na ocasião. “Tentaram ‘cancelar’ Maurício Souza, mas o deixaram ainda mais famoso e mais querido. O povo brasileiro está cansado de lacração, cansado do ódio e preconceito lançados contra quem pensa diferente dessa onda esquerdista totalitária”, publicou a deputada.

Agora o ex-jogador pretende disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados pelo estado de Minas Gerais. "A ideia é de formar um grupo muito forte. Eu sei o tanto que é difícil, temos muito trabalho pela frente e o que precisamos é de união com o povo e com o presidente", defendeu Souza.

Também convidado para se filiar ao PL pela deputada Zambelli, o cantor Netinho assinou a ficha de filiação ao partido de Bolsonaro para disputar um cargo eletivo pela Bahia.

Diretórios estaduais do PL reacomodam forças para abrigar bolsonaristas

Filiado ao PL desde novembro do ano passado, o presidente Bolsonaro negociou com Valdemar da Costa Neto uma reacomodação de forças em todos os diretórios estaduais do partido. O objetivo, segundo integrantes do Planalto, é garantir espaço para todos os aliados bolsonaristas em seus redutos eleitorais.

Com isso, ao menos quatro deputados federais já deixaram o PL e migraram para outras legendas: o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (AM), que se filiou ao PSD; Capitão Fábio Abreu (PI), que também foi para o PSD; Vicentinho Júnior (TO) e Christiane Yared (PR), ambos agora no PP.

Para fazer essas reacomodações, o presidente Bolsonaro indicou o deputado Capitão Augusto (SP) como vice-presidente do PL. O nome do parlamentar foi aprovado no final do mês passado na convenção nacional da sigla. De acordo com Augusto, após a janela partidária, ele irá rodar todo o país organizando as candidaturas nos diretórios estaduais do PL.

“Vou visitar os estados para divulgar o partido. Participar das convenções. Vincular o Bolsonaro ao seu novo número de partido, trabalhar com a imprensa e movimentar a internet. Sou um elo, para trazer a ala bolsonarista para dentro do partido", afirmou Augusto.

De acordo com Costa Neto, os diretórios regionais do PL ainda passam por um intenso processo de troca e com disputas internas acirradas. No entanto, sinalizou que tudo estará alinhado para a campanha. "Estamos enfrentando problemas em alguns estados, mas vamos organizar tudo para poder retribuir o que ele [Bolsonaro] fez por nós. Vamos ser fiel ao Bolsonaro", completou o presidente do PL.

Fonte: Por Wesley Oliveira

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