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Tarcísio, Zema e Caiado culpam Lula por taxa extra de Trump

Governadores de SP, MG e GO afirmam que condução política de Lula afetou diretamente relações com os EUA. (Foto: reprodução/Instagram Romeu Zema)

Porto Velho, RO
- Os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União-GO) atribuíram diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a responsabilidade pela decisão do governo dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, anunciada por Donald Trump na quarta (9), gerou forte repercussão política no Brasil e acirrou os ânimos entre governistas e oposição.

A carta enviada por Trump ao governo brasileiro, na qual defende o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi lida como um gesto simbólico de alinhamento com o campo político da direita no Brasil. Além do fato de Tarcísio, Zema e Caiado serem cotados como possíveis candidatos à presidência em 2026.

Tarcísio de Freitas é apoiador de Trump e, em janeiro, publicou um vídeo em que utilizava o tradicional boné vermelho do movimento “Make America Great Again”. Apontado como possível principal oponente de Lula em 2026, o governador de São Paulo reforçou seu oposicionismo ao governo federal.

A crítica de Tarcísio a Lula foi a mais incisiva, em que atribuiu um caráter ideológico ao governo que resultou na sobretaxa imposta por Trump.

“Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado. Tiveram tempo para prestigiar ditaduras, defender a censura e agredir o maior investidor direto no Brasil. Outros países buscaram a negociação. Não adianta se esconder atrás do Bolsonaro. A responsabilidade é de quem governa. Narrativas não resolverão o problema”, afirmou Tarcísio em suas redes sociais.

Romeu Zema, governador de Minas Gerais, também apontou o Planalto como culpado pelas consequências econômicas da nova tarifa. Para ele, as empresas e os trabalhadores brasileiros vão pagar pelas decisões de Lula, da primeira-dama Janja da Silva e do Supremo Tribunal Federal (STF).

“As empresas e os trabalhadores brasileiros vão pagar, mais uma vez, a conta do Lula, da Janja e do STF. Ignorar a boa diplomacia, promover perseguições, censura e ainda fazer provocações baratas vai custar caro para Minas e para o Brasil”, postou também nas redes sociais.

Já o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, comparou Lula ao ex-presidente venezuelano Hugo Chávez e criticou a retórica adotada pelo petista diante da decisão de Trump.

“O presidente Lula não está fazendo nada fora do script. Pelo contrário, segue à risca o que Hugo Chávez fez na Venezuela, ao afrontar gratuitamente o governo americano. [...] Lula, de caso pensado, declara uma guerra contra o Congresso Nacional, tenta deflagrar uma luta de classes entre ricos e pobres (depois de ter assaltado os aposentados) e sai em ataque ao presidente dos Estados Unidos, país que sempre foi nosso aliado”, pontuou.

Ele ainda defendeu a criação de uma comissão parlamentar para buscar o diálogo direto com o governo norte-americano. Sem mencionar Bolsonaro, Caiado também se posicionou contra o que considera um rompimento com a tradição diplomática brasileira.

Apesar de não ter se manifestado especificamente sobre a nova taxação, o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), publicou um vídeo afirmando que “não perdi tempo brigando com ninguém, até porque o povo não me paga para brigar, paga para trabalhar”.

Fonte: Por Guilherme Grandi

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