
Paolla Oliveira já comentou em entrevistas sobre as dificuldades causadas pelo lipedema.
Porto Velho, RO - O Lipedema é um distúrbio crônico do tecido adiposo que se manifesta por acúmulo excessivo de gordura, principalmente, em membros inferiores. Ela acomete exclusivamente mulheres – entre 10% a 18% do público feminino.
Entretanto, por muito tempo, foi confundido com obesidade ou retenção de líquidos, atrasando o diagnóstico e o tratamento adequado.
Não confunda

O que diferencia o lipedema de um simples ganho de peso é a forma como a gordura se distribui e a aparência dela. O acúmulo é simétrico – acontece dos dois lados do corpo – mas poupa mãos e os pés.
Além disso, essa gordura costuma ser dolorosa, formando nódulos sob a pele, provocando hematomas com facilidade e, em muitos casos, dificultando a mobilidade.
Segundo o Consenso Brasileiro de Lipedema, publicado em 2023:
… a doença tem forte componente hormonal e genético.
Portanto, costuma aparecer após eventos como a puberdade, gravidez ou menopausa que são momentos marcados por grandes alterações hormonais. Embora existam casos em homens (menos de 1%), o lipedema pode ser considerado “a doença das mulheres”.
O diagnóstico e o tratamento
Infelizmente, não existe um exame próprio para identificar o lipedema, por conta disso, muitas pacientes passam anos sendo tratadas de forma inadequada – com dietas restritivas, procedimentos estéticos nocivos ou, até mesmo, com a estigmação social.
Mas as principais queixas das mulheres que são acometidas por essa doença são:
Aumento de gordura nas pernas e às vezes nos braços;
Dor ao toque nesses locais;
Pele com aparência de “casca de laranja”;
Inchaço que não melhora com repouso.
Além disso, a hipertrofia (ganho de músculos) nos membros afetados, é muito difícil mesmo com exercícios regulares.
Ainda não existe cura para o lipedema, mas há formas para controlar seus sintomas.

Entre os tratamentos: o uso de meias compressivas, drenagem linfática manual, exercícios físicos de baixo impacto e o principal, mudanças na alimentação, focando em uma dieta anti-inflamatória.
Portanto, o problema não é preguiça e nem desleixo, mas sim uma condição médica real que exige respeito e conhecimento.

Drenagem linfática manual
Enfim, o lipedema é real, doloroso e afeta a vida de milhões de mulheres, mesmo que muitas delas ainda não saibam disso. Mais do que estética, essa doença precisa ser levada a sério.
Felizmente, a ciência tem avançado. Hoje sabemos da necessidade de uma equipe multidisciplinar, com foco em empatia, acolhimento e tratamento personalizado. Quanto mais gente souber da existência do lipedema, mais mulheres poderão buscar ajuda e viver com mais autoestima e qualidade de vida.
Fonte: Fatos Desconhecidos
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