Candidatura de Cassol era lorota; Mosquini na iminência de ficar isolado; Marcos Rogério deixou que alimentassem a especulação

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Candidatura de Cassol era lorota; Mosquini na iminência de ficar isolado; Marcos Rogério deixou que alimentassem a especulação


A íntegra da coluna redigida pelo jornalista Robson Oliveira


LOROTA

Porto Velho, RO
- Como esta coluna havia registrado em novembro do ano passado, a especulação em torno de uma suposta candidatura a governador de Ivo Cassol era uma lorota, em razão dos impedimentos judiciais. O Supremo Tribunal Federal, na semana passada, sequer aceitou reanalisar a matéria. E decidiu por maioria enviar às calendas a petição interposta pelo PDT que mudaria a interpretação do início do cumprimento da lei da ficha limpa. A lorota pedetista não colou e os fichas sujas vão ficar fora das eleições de outubro. A coluna acertou mais uma vez.

PESQUISAS

Estão em andamento várias pesquisas sobre o pleito estadual após a confirmação de que Cassol está fora da disputa. Independentemente do resultado que cada um dos institutos apurar dificilmente o quadro atual permaneça imutável até as convenções, quando todos os candidatos a governador e senador tenham os nomes confirmados. Portanto, para quem entende o mínimo de pesquisa, o dado mais consistente a ser interpretado é aquele que não aparece nos percentuais dos candidatos pesquisados, mas é o que indica o humor do eleitor e sua disposição de mudar de opinião na medida que a disputa afunilar. O que tradicionalmente tem ocorrido na última semana da eleição.

REVOADA

Depois que os governistas avançaram vorazmente sobre outras agremiações partidárias e começaram a reunir um número consistente de adesões, momento que assustou o que ainda existe de oposição, eis que nem todos os que aderiram abruptamente as benesses oficial fizeram bom negócio. A oposição voltou a conversar e percebeu que a “tratoragem” inicialmente inaugurada com o apoio do prefeito da capital ao governador seria imbatível. Não é. As fissuras das adesões ainda vão ser reveladas com as convenções quando muitas promessas hoje acertadas não sejam cumpridas.

PIRATARIA


O problema dos governistas é que são apoios que mudam conforme as correntezas. Bastará a divulgação de uma simples pesquisa com um mínimo de credibilidade revelando que o “Titanic” governamental corre risco de submergir para que os náufragos mais experientes pulem do barco antes que se afoguem. Embora neste momento o executivo estadual tenha escalado como navegador o Chefe da Casa Civil que navega com mais competência do que opositores e embarcando em sua nau de bons marujos a piratas.

ISOLADO


O presidente regional do MDB, deputado federal Lúcio Mosquini, está na iminência de ficar isolado em uma nominata minimamente consistente que garanta a ele mais um mandato. O deputado tem se esmerado para garantir do velho MDB apoio ao governador em troca de nomes para sua nominata. Sobrou para o MDB a sugestão governamental da filiação de Garçon.

COMBINAÇÃO


Inicialmente as tratativas avançaram, mas na medida que outros acordos de legendas mais interessantes ao projeto do governo foram surgindo o MDB foi sendo escanteado. Mosquini fez as contas e percebeu que a filiação de Lindomar Garçon ao MDB acrescentaria muito pouco aos cálculos que faz para alcançar o quociente eleitoral e, assim, colocar em risco a reeleição. Já há quem sugira no emedebe que o deputado se aventure numa candidatura majoritária ao Senado Federal. Falta agora combinar com os “Russos”, já que as combinações locais estão dando errado.

CANDIDATURA

Os partidários do senador Marcos Rogério afirmam que ele deverá confirmar também a candidatura a governo, apesar de que as candidaturas para valer serão confirmadas somente em julho, após as convenções. O problema é que o senador deixou que alimentassem a especulação de que seria convocado para um ministério com a reforma que o presidente deverá fazer e com isto ficou inerte às investidas de Marcos Rocha aos partidos. O comportamento do senador irritou aliados e fez com que as oposições no primeiro momento sentissem o golpe. Caso anuncie mesmo a candidatura o quadro estadual toma uma nova feição. Daí o provérbio: eleição e mineração, só depois da apuração.

VACINAÇÃO


O decreto estadual que afrouxa o uso das máscaras em locais fechados e libera a exigência da vacinação é visto por especialistas como temerário. As pessoas querem mesmo voltar ao normal e os governos se movem pelos humores eleitorais para não afugentar os eleitores. O problema é que um novo pico da Covid com a descoberta de mais uma nova variante (Deltacron) também pode influenciar as urnas. O decreto deveria pelo menos ser mais rígido com a exigência do cartão de vacinados, o que incentivaria a continuidade da vacinação, e não o contrário.

RETROCESSO


A investida do Congresso Nacional em mudar a legislação para conceder a garimpagem nas terras indígenas é um retrocesso monumental às políticas afirmativas que garantem às diversas etnias as reservas e suas riquezas sem a ganância da exploração.

EMPULHAÇÃO

Não passa de empulhação a sustentação de que as riquezas nas terras indígenas devem ser exploradas de forma ordenada com uma legislação específica. Lorota. Garimpo, seja em Rondônia, seja na África, não impede o contrabando e os dividendos arrecadados são infinitamente menores do que os investimentos governamentais com a esculhambação que historicamente o garimpo causa. É uma artimanha dizer também de que os índios e os garimpeiros pobres ganham com a liberação. As multinacionais do ouro e do diamante é que dominam o mercado e impõem aos mais fracos suas próprias leis. Os congressistas podem até liberar a garimpagem, mas as sanções ambientais ao país sairão mais onerosas a todos. E nossas riquezas mais uma vez saqueadas. Aliás, as grandes mineradoras tornaram público a contrariedade ao projeto de lei o que tornam as defesas da lei por ai a empulhação.

Fonte: Por Robson Oliveira

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