Fazendeiros terão quer retirar 70 mil bois de área xavante, diz PF

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Fazendeiros terão quer retirar 70 mil bois de área xavante, diz PF

PF/MT

No esquema, fazendeiros arrendavam terras no interior da Reserva Indígena Marãiwatsédé para criar gado

Porto Velho, RO - Pelo menos 70 mil cabeças de gado terão quer ser retiradas da Reserva Indígena Marãiwatsédé, em Ribeirão Cascalheira (900 km a Nordeste de Cuiabá).

Os bois são de propriedade de fazendeiros que se envolveram em um esquema de arrendamento ilegal na terra indígena, num conluio com servidores da Funai, um policial militar e um cacique da tribo xavante.

PF prende quadrilha que fazia arrendamento ilegal de terra xavante

O delegado federal Mário Sérgio Ribeiro de Oliveira disse, em entrevista, que as cabeças de gado deverão ser retiradas nos próximos 45 dias.

O rebanho foi avaliado em aproximadamente R$ 210 milhões.

O esquema foi descoberto após investigação da Polícia Federal, no contexto da Operação Res Capta, que cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão, na manhã desta quinta-feira (17), em Cascalheira e Barra do Garças (509 km a Leste da Capital).

Caso os fazendeiros descumpram a ordem judicial, poderá ser decretada a prisão dos arrendatários – já qualificados –, bem como será determinado o sequestro de todo gado inserido na reserva indígena.

O delegado informou, ainda, que, durante a operação, a PF investiga se frigoríficos da região receberiam carnes do gado criado no território.

"A terra indígena é de propriedade da União para preservar a cultura, e não para virar pasto para exploração e crimes ambientais. É importante ressaltar que essa prática delitiva de arrendar, ela tem como consequência lógica a prática de crimes ambientais. Então, quando você vai criar gado na terra indígena, tem que provocar queimadas para abrir o pasto", disse o delegado Oliveira.

PF/MT

A picape Toyota SW4, que o cacique xavante ganhou como propina paga por fazendeiros, em Cascalheira

DINHEIRO E CARRO DE LUXO 

Os alvos da operação são o militar da reserva e coordenador da Funai em Ribeirão Cascalheira, Jussielson Gonçalves Silva; o policial militar Gerard Maxmiliano Rodrigues de Souza e o fazendeiro Enoque Bento de Souza.

O cacique xavante Damião Paridzané é acusado de propina de R$ 900 mil mês, paga pelos líderes da quadrilha, por 15 arrendamentos ilegais.

Também foi expedida uma ordem judicial para o afastamento de Thaiana Ribeiro Viana, servidora da Funai.

O cacique xavante também recebeu uma picape Toyota SW4. O veículo foi apreendido.

No contexto da operação, a PF fez exames periciais, que um grande dano ambiental na reserva xavante, em razão das queimas que os fazendeiros dizeram para a formação de pastagem.

Também foram registrados amplo desmatamento e implantação de estruturas voltadas à atividade agropecuária.

Cálculo da PF aponta que, só em quatro dos 15 arrendamentos ilegais, os peritos criminais federais estimaram o valor, para reparação do dano ambiental, em R$ 58.121.705,87.

Fonte: Da Redação DC

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